- Irene Nevado, paciente com fibrose quística, foi tratada com fagoterapia em 2023, eliminando uma infecção resistente.
- O tratamento, desenvolvido pela bióloga Pilar Domingo-Calap, da Universidade de Valência, em parceria com a Universidade de Yale, consistiu em duas sessões de nebulização.
- A infecção, causada por Pseudomonas aeruginosa, havia levado Irene a complicações após dois transplantes de pulmão.
- Após o tratamento, sua saúde melhorou, permitindo que participasse de um evento beneficente de travessia de 4.000 metros.
- A fagoterapia, que utiliza bacteriófagos, é considerada uma alternativa promissora contra superbactérias, com a pesquisa avançando para novos ensaios clínicos.
Irene Nevado, uma paciente com fibrose quística, foi tratada com sucesso por meio da fagoterapia, uma técnica que utiliza vírus para combater infecções bacterianas resistentes. O tratamento, realizado em 2023, eliminou uma infecção grave e evitou a necessidade de um terceiro transplante de pulmão.
A fagoterapia, que utiliza bacteriófagos para atacar bactérias, tem ganhado destaque devido ao aumento de superbactérias resistentes a antibióticos. O tratamento de Irene foi desenvolvido pelo grupo da bióloga Pilar Domingo-Calap, da Universidade de Valência, em colaboração com médicos da Universidade de Yale. Após duas sessões de 10 dias de nebulização do fago número 10, Irene recuperou sua capacidade pulmonar e não apresenta mais a infecção.
Irene, que já havia passado por dois transplantes de pulmão, enfrentou complicações graves devido à infecção por Pseudomonas aeruginosa. Em 2023, sem opções terapêuticas disponíveis, ela soube da fagoterapia através de uma associação de pacientes e decidiu tentar o tratamento experimental. Desde então, sua saúde melhorou significativamente, permitindo até que ela participasse de uma travessia de 4.000 metros em um evento beneficente.
A pesquisa sobre fagoterapia, que remonta a mais de um século, foi revitalizada na última década em resposta ao aumento das infecções resistentes. Na Espanha, cerca de 4.000 pessoas morrem anualmente devido a essas infecções. A terapia com fagos é considerada promissora, pois é altamente específica, atacando apenas as bactérias nocivas sem afetar as benéficas.
O caso de Irene foi publicado pela Sociedade de Microbiologia dos Estados Unidos e exemplifica o potencial da fagoterapia como uma alternativa viável. A bióloga Pilar Domingo-Calap destaca que, desde 2023, já tratou 15 pacientes com sucesso, e a pesquisa continua a avançar, buscando mais recursos para ensaios clínicos.