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Suicídio: como abordar o tema de forma sensível e responsável

Cobertura midiática sobre suicídio pode ter efeitos positivos ou negativos; especialistas pedem responsabilidade na abordagem e inclusão de apoio.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Foto: Reprodução
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  • Obras literárias e artísticas, como “Os Sofrimentos do Jovem Werther” de Goethe e a série “13 Reasons Why”, influenciam a percepção sobre o suicídio.
  • Estudos mostram que a cobertura midiática pode ter efeitos “contagiosos” ou preventivos, dependendo da abordagem.
  • A psicóloga Karen Scavacini ressalta a importância de informar sobre onde buscar ajuda.
  • O Efeito Werther sugere que a divulgação de suicídios pode incitar novos casos, enquanto o Efeito Papageno defende uma abordagem positiva para prevenção.
  • Dados indicam que a morte do ator Robin Williams resultou em um aumento de 10% nos suicídios, e “13 Reasons Why” gerou um aumento de 13% entre jovens de 10 a 19 anos.

Obras literárias e artísticas têm um histórico de influenciar a percepção sobre o suicídio, como demonstram “Os Sofrimentos do Jovem Werther”, de Goethe, e a série “13 Reasons Why”. Estudos recentes indicam que a cobertura midiática sobre suicídios pode ter efeitos “contagiosos” ou preventivos, dependendo da abordagem utilizada.

A psicóloga Karen Scavacini destaca que a forma como o tema é tratado pode aumentar ou reduzir o número de casos. Informar sobre onde buscar ajuda é essencial. O Efeito Werther, criado pelo sociólogo David Phillips, sugere que a divulgação de suicídios pode incitar novos casos, enquanto o Efeito Papageno, de Thomas Niederkrotenthaler, defende que uma abordagem positiva pode prevenir suicídios.

Dados mostram que a morte do ator Robin Williams resultou em um aumento de 10% nos suicídios nos cinco meses seguintes. Já a série “13 Reasons Why” gerou um aumento de 13% entre jovens de 10 a 19 anos nos três meses após sua estreia. Esses números ressaltam a necessidade de uma cobertura responsável.

A psiquiatra Alexandrina Meleiro alerta que o suicídio não deve ser romantizado. A imprensa deve focar em fatores de proteção, como suporte familiar e acesso a serviços de saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a mídia evite detalhes sobre métodos e não utilize estereótipos.

Em 2019, a Netflix editou a cena polêmica de “13 Reasons Why” após críticas de especialistas. A OMS e outras organizações têm trabalhado em diretrizes para a cobertura do suicídio, enfatizando a importância de incluir recursos de apoio. O projeto Reporting on Suicide, por exemplo, sugere que reportagens podem ajudar na busca por ajuda quando incluem mensagens de esperança.

O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece suporte emocional gratuito e atende cerca de 8 mil ligações por dia. A conscientização sobre o suicídio é crucial para salvar vidas, e a discussão deve ser feita de forma responsável e informativa.

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