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Programa ‘Primeiros Laços’ fortalece vínculos familiares e melhora ambiente doméstico

Estudo confirma que programa "Primeiros Laços" melhora ambiente familiar e responsabilidade emocional de mães adolescentes em vulnerabilidade

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Grupo de participantes com idades entre 14 e 19 anos, considerado de alto risco para desfechos negativos no desenvolvimento infantil (Foto: Reprodução)
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  • O programa “Primeiros Laços” apoia mães adolescentes em situação de vulnerabilidade por meio de visitas domiciliares.
  • Um estudo recente confirmou sua eficácia, mostrando melhorias na qualidade do ambiente familiar.
  • As participantes do programa apresentaram uma pontuação mediana de 30 no IT-HOME, enquanto o grupo controle obteve 25.
  • A pesquisa destacou avanços na responsabilidade emocional e verbal das mães, especialmente entre aquelas com menor escolaridade.
  • O estudo sugere que programas como “Primeiros Laços” podem ajudar a reduzir desigualdades sociais e melhorar o cuidado na primeira infância.

Agência FAPESP – O programa “Primeiros Laços” tem se mostrado eficaz no apoio a mães adolescentes em situação de vulnerabilidade, segundo um estudo recente. A pesquisa, publicada no periódico *Frontiers in Global Women’s Health*, analisou dados de participantes entre agosto de 2015 e maio de 2018, revelando melhorias significativas na qualidade do ambiente familiar.

O programa, que oferece visitas domiciliares de enfermeiras a jovens mães, visa acompanhar a saúde mental e o desenvolvimento infantil desde a gestação até os dois anos de idade. Atualmente, é implementado em Indaiatuba e Jaguariúna, interior de São Paulo, por meio de uma parceria entre o Centro de Pesquisa e Inovação em Saúde Mental (CISM) e instituições locais.

Os resultados mostraram que mães que receberam acompanhamento apresentaram uma pontuação mediana de 30 no IT-HOME, um instrumento que mede a qualidade do ambiente doméstico, enquanto o grupo controle, sem acompanhamento, obteve 25. Essa diferença de 5 pontos indica um ambiente mais favorável ao desenvolvimento das crianças.

Impacto no Desenvolvimento

A pesquisa destacou avanços na responsabilidade emocional e verbal das mães. Aqueles com ensino fundamental no grupo intervenção tiveram um índice 4,5 pontos superior em comparação ao grupo controle aos seis meses de vida dos bebês. Aos 24 meses, essa diferença foi de 3 pontos. Letícia Aparecida da Silva, pesquisadora do programa, enfatiza que o impacto foi mais significativo entre mães com menor escolaridade, que enfrentam barreiras no acesso a informações.

A enfermeira ressalta a importância de políticas públicas que promovam a parentalidade positiva e o desenvolvimento infantil nos primeiros anos de vida. O estudo sugere que programas domiciliares estruturados, como o “Primeiros Laços”, podem ser uma solução viável para reduzir desigualdades sociais e melhorar o cuidado na primeira infância, um período crucial para o desenvolvimento das crianças.

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