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Prefeitura de SP retira moradores de rua para criar jardineiras em cemitério

Moradores de rua são removidos em frente ao cemitério São Luiz para construção de jardineiras, gerando novas tensões na comunidade local

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Moradores de rua improvisam abrigos em frente ao cemitério São Luiz, após desmonte de barracos na zona Sul de São Paulo (Foto: Reprodução)
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  • Cerca de 20 pessoas foram removidas de barracos em frente ao cemitério São Luiz, na zona sul de São Paulo, na terça-feira, 9 de setembro.
  • A ação foi realizada pela Subprefeitura M’Boi Mirim para permitir a construção de jardineiras na área.
  • Apenas objetos fixos que obstruíam a circulação foram retirados, como camas e sofás.
  • Após a remoção, os moradores improvisaram novos abrigos do outro lado da rua Antônio Ramos Rosa.
  • A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) esteve presente, mas os moradores não aceitaram os serviços de acolhimento oferecidos.

Cerca de 20 pessoas que viviam em barracos de madeira na calçada em frente ao cemitério São Luiz, na zona sul de São Paulo, foram removidas na última terça-feira (9). A ação, realizada pela Subprefeitura M’Boi Mirim, visou a construção de jardineiras na área. Durante a operação, foram retirados apenas objetos fixos que obstruíam a circulação, como camas e sofás, desde que não fossem de uso pessoal.

Após a remoção, o grupo em situação de rua improvisou novos abrigos do outro lado da rua Antônio Ramos Rosa. Uma mulher que residia em um dos barracos há cinco anos relatou que foram avisados sobre a retirada por uma assistente social. Apesar de não terem oferecido resistência, ela mencionou que policiais militares usaram spray de pimenta para acelerar a remoção. A Secretaria da Segurança Pública afirmou não ter encontrado registros da ocorrência.

Um morador que estava no local há dois anos comentou que, embora não tenha enfrentado problemas durante a retirada, os policiais costumam ser “ignorantes” com os moradores de rua. A subprefeitura informou que a ação foi em apoio à Velar, responsável pela administração do cemitério, e que equipes da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) estiveram presentes para oferecer serviços de acolhimento, mas não houve aceitação por parte dos moradores.

A situação gerou preocupação entre os moradores da comunidade local, que temem que os novos abrigos não sejam bem recebidos. Uma nova visita das equipes da SMADS está prevista para retomar as tentativas de abordagem e oferecer apoio aos que se encontram em situação de vulnerabilidade.

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