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Perda de olfato pode ser sinal precoce de Alzheimer, revela pesquisa recente

Estudo revela que perda de olfato pode indicar Alzheimer e sugere uso de dispositivo para diagnósticos precoces em idosos.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
A perda de olfato está associada a demências como Alzheimer e Parkinson, apontam estudos (Foto: Reprodução)
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  • Um estudo alemão publicado na revista Nature Communications aponta que a dificuldade em sentir cheiros pode ser um sinal precoce de Alzheimer.
  • A pesquisa sugere que essa alteração sensorial pode auxiliar no diagnóstico precoce da doença.
  • O professor Paulo Caramelli, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), alerta que a perda do olfato em idosos deve ser um sinal de alerta, embora outras causas precisem ser descartadas.
  • O dispositivo MultiScent 20 foi desenvolvido por pesquisadores brasileiros para rastrear a capacidade olfativa, utilizando 20 fragrâncias diferentes.
  • Especialistas recomendam que idosos e familiares fiquem atentos a sinais de perda sensorial e busquem avaliação médica quando necessário.

A dificuldade em sentir cheiros pode ser um sinal precoce de Alzheimer, conforme um novo estudo alemão publicado na revista Nature Communications. Os pesquisadores sugerem que essa alteração sensorial pode ser utilizada para diagnósticos precoces da doença, ampliando a compreensão sobre como a neurodegeneração afeta o sistema olfativo.

Estudos anteriores já indicavam a relação entre a perda de olfato e demências como Alzheimer e Parkinson. O professor Paulo Caramelli, da UFMG, destaca que a redução do sentido olfativo, especialmente em pessoas mais velhas, deve ser um sinal de alerta. No entanto, é fundamental descartar outras causas antes de um diagnóstico definitivo.

A pesquisa revela que, em estágios iniciais do Alzheimer, ocorrem mudanças nas fibras nervosas que conectam o bulbo olfativo ao locus ceruleus, área crucial para o processamento sensorial. Essas alterações ativam as microglias, células que respondem a danos neuronais, indicando um possível mecanismo de como a doença se manifesta no olfato.

Inovações no Diagnóstico

Com base nessas descobertas, pesquisadores brasileiros desenvolveram o MultiScent 20, um dispositivo que utiliza 20 fragrâncias diferentes para rastrear a capacidade olfativa. O paciente deve identificar os aromas e preencher um questionário, cujos resultados são enviados ao médico. Essa tecnologia já está sendo utilizada em consultórios e universidades, com recomendações para rastreamento a partir dos 57 anos.

Viviane Zétola, professora da UFPR, ressalta que o estímulo sensorial pode ajudar a atrasar o surgimento do Alzheimer. Além do olfato, a preservação de habilidades sensoriais, como visão e audição, é crucial para a interação social e a formação de memórias, fatores que podem influenciar o desenvolvimento de demências.

Pesquisas adicionais estão em andamento para explorar como exames oftalmológicos podem detectar alterações que refletem processos neurodegenerativos. Enquanto isso, especialistas recomendam que idosos e familiares fiquem atentos a qualquer sinal de perda sensorial e busquem avaliação médica quando necessário.

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