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Bactérias do litoral paulista ajudam no combate a doenças da soja

Estudo resultou em fungicidas que controlam doenças da soja com eficácia acima de 84%, contribuindo para uma agricultura mais sustentável

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Vista da ilha de Alcatrazes com mar em primeiro plano, dois paredões rochosos ao fundo, um em sombra e outro iluminado pelo sol, sob um céu azul, enquanto uma ave marinha voa com as asas abertas (Foto: Reprodução)
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  • Pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP) descobriram bactérias nas Ilhas de Alcatrazes e Palmas, em São Paulo, com potencial para combater doenças da soja.
  • O estudo resultou no desenvolvimento de fungicidas inovadores com eficácia superior a 84%.
  • Foram analisadas 20 cepas de *Streptomyces spp.*, que mostraram ação contra fitopatógenos da soja, como a mancha-alvo e a podridão seca da haste.
  • Quatro cepas foram selecionadas para fungicidas de primeira geração e uma para um produto de terceira geração, com controle de doenças acima de 88% em cultivos cercados.
  • O projeto foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e contou com bolsa de mestrado da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP identificaram bactérias nas Ilhas de Alcatrazes e Palmas, no litoral de São Paulo, com potencial para combater doenças da soja. O estudo, que se insere em um contexto de crescente demanda por bioinsumos agrícolas no Brasil, resultou no desenvolvimento de fungicidas inovadores que demonstraram eficácia superior a 84%.

A pesquisa focou na triagem de 20 cepas de *Streptomyces spp.*, isoladas das ilhas, que se mostraram antagonistas a fitopatógenos da soja, como a mancha-alvo e a podridão seca da haste. O engenheiro agrônomo Juan Lopes Teixeira, que conduziu o estudo sob a orientação da professora Simone Possedente de Lira, destacou que duas inovações são relevantes: o uso de células vivas de *Streptomyces spp.* e a aplicação de metabólitos secundários desses microrganismos.

Os testes realizados indicaram que quatro cepas foram selecionadas para o desenvolvimento de fungicidas de primeira geração, enquanto uma cepa foi escolhida para um produto de terceira geração. Os resultados mostraram controle superior a 53% em cultivos paralelos e acima de 88% em cultivos cercados. Para os metabólitos secundários, o controle ultrapassou 84%.

Esses avanços contribuem para uma agricultura mais sustentável, reduzindo a pressão de seleção de patógenos resistentes a fungicidas químicos. Os biológicos podem atuar de forma complementar, aumentando a eficácia das moléculas sintéticas no manejo de doenças. O projeto foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e contou com bolsa de mestrado da Capes.

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