- Pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) quantificaram a distribuição da energia liberada em “terremotos de laboratório”.
- O estudo, publicado na revista AGU Advances, revela que 80% da energia é convertida em calor, 10% resulta em tremores e menos de 1% em fraturação de rochas.
- Os cientistas utilizaram amostras de granito para simular o movimento das rochas em falhas geológicas, registrando temperaturas de até 1.200 graus Celsius.
- A pesquisa, que durou sete anos, pode ajudar a prever a probabilidade de terremotos em áreas suscetíveis.
- Os dados obtidos podem melhorar modelos de previsão de terremotos e estratégias de mitigação de desastres naturais.
Pesquisadores do MIT revelaram, pela primeira vez, a distribuição da energia liberada durante “terremotos de laboratório”, que são simulações controladas de sismos. O estudo, publicado na revista AGU Advances, mostra que 80% da energia gerada é convertida em calor, enquanto apenas 10% resulta em tremores e menos de 1% em fraturação de rochas.
Os cientistas utilizaram amostras de granito para simular o movimento das rochas em uma falha geológica. Durante os experimentos, observaram que a temperatura das amostras pode atingir até 1.200 graus Celsius em frações de segundo, demonstrando a intensa liberação de calor. Daniel Ortega-Arroyo, estudante de pós-graduação do MIT, destacou que a história de deformação das rochas influencia a energia liberada durante um terremoto, afetando sua potencial destrutividade.
Os pesquisadores acreditam que esses resultados podem ajudar a prever a probabilidade de terremotos em regiões suscetíveis. Compreender como a energia se distribui entre calor, tremores e fraturação pode fornecer insights sobre a vulnerabilidade de áreas a futuros sismos. Matěj Peč, professor associado de geofísica, afirmou que o estudo oferece uma visão abrangente dos processos que ocorrem durante rupturas sísmicas.
A pesquisa foi realizada ao longo de sete anos, utilizando métodos e instrumentação desenvolvidos especificamente para simular eventos sísmicos em escala microscópica. Os dados obtidos podem contribuir para melhorar modelos de previsão de terremotos e estratégias de mitigação de desastres naturais.