- Em 2024, as mortes por suicídio na Escócia caíram 11%, totalizando 704 casos, o menor número desde 2017.
- O governo escocês atribui a redução ao aumento do investimento em prevenção e ao foco em comunidades vulneráveis.
- Apesar da queda, as taxas de suicídio permanecem altas nas áreas mais pobres, com residentes tendo 2,5 vezes mais chances de cometer suicídio.
- O investimento em prevenção de suicídio foi elevado para £2,8 milhões, cumprindo a promessa de dobrar o orçamento.
- O governo, em parceria com organizações, busca enfrentar desigualdades e garantir acesso ao apoio necessário.
Suicídios na Escócia apresentam queda de 11% em 2024
As mortes por suicídio na Escócia diminuíram 11% em 2024, totalizando 704 casos, o menor número desde 2017. O governo escocês atribui essa redução ao aumento do investimento em prevenção e ao foco em comunidades vulneráveis.
Dados do National Records of Scotland revelam que, apesar da queda geral, as taxas de suicídio permanecem alarmantes nas áreas mais pobres. Os residentes dessas regiões têm 2,5 vezes mais chances de cometer suicídio em comparação com aqueles em áreas menos desfavorecidas. A taxa é de 18,7 por 100 mil habitantes nas áreas mais afetadas, em contraste com 7,4 nas menos afetadas.
O Ministro da Saúde Mental, Tom Arthur, destacou que, embora a redução seja um sinal positivo, o governo não se acomodará. Ele enfatizou a importância de apoiar aqueles em risco, como homens de meia-idade e pessoas que vivem em áreas rurais. O investimento em prevenção de suicídio foi elevado para £2,8 milhões neste ano, cumprindo a promessa de dobrar o orçamento destinado a essa causa.
Impacto social e necessidade de apoio
Cada morte por suicídio impacta, em média, 135 pessoas, segundo Alex Cumming, da Scottish Association of Mental Health. Ele ressaltou que, apesar da queda, é crucial intensificar os esforços para prevenir suicídios e salvar vidas. Haylis Smith, da Suicide Prevention Scotland, também expressou que a redução é um passo positivo, mas que o trabalho deve continuar até que nenhum suicídio seja considerado inevitável.
A deputada do Scottish Labour, Dame Jackie Baillie, criticou a persistência das altas taxas de suicídio nas comunidades mais pobres, afirmando que é um escândalo que muitos ainda não recebam a ajuda necessária em momentos críticos. Ela pediu melhorias no atendimento a pessoas em crise e no suporte geral à saúde mental.
O governo escocês, em parceria com organizações como a Suicide Prevention Scotland, está comprometido em enfrentar as desigualdades que contribuem para o suicídio e em garantir que todos tenham acesso ao apoio necessário.
