- Um levantamento da Umane aponta que Brasília, Florianópolis, Curitiba, Vitória e Fortaleza têm os melhores resultados em saúde pública no Brasil.
- As cidades foram avaliadas com base em indicadores de mortalidade infantil, mortalidade materna e mortes prematuras por doenças crônicas não transmissíveis.
- Salvador, Recife, João Pessoa, Teresina e Manaus apresentam os piores índices, refletindo a qualidade dos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).
- Vitória se destaca com um acompanhamento pré-natal ampliado, enquanto Florianópolis enfrenta desafios em mortalidade prematura.
- A Prefeitura do Recife menciona políticas públicas que têm contribuído para a redução da mortalidade materno-infantil.
Brasília, Florianópolis, Curitiba, Vitória e Fortaleza se destacam como as capitais brasileiras com os melhores resultados em saúde pública, segundo um levantamento da Umane. A análise, que utilizou dados do DataSUS, focou em indicadores de mortalidade infantil, mortalidade materna e mortes prematuras por doenças crônicas não transmissíveis.
Por outro lado, Salvador, Recife, João Pessoa, Teresina e Manaus apresentaram os piores índices. Evelyn Santos, gerente de investimento e impacto social da Umane, ressalta que esses números refletem a qualidade dos serviços do SUS, que completa 35 anos. A mortalidade infantil e materna são indicadores críticos, associados a fatores socioeconômicos e ao acesso à saúde.
Indicadores de Saúde
O levantamento avaliou as 27 capitais, considerando as 13 melhores posições em cada categoria. As cidades que se destacaram mantêm bons resultados em todos os indicadores. Brasília, por exemplo, ocupa o 7º lugar em mortalidade infantil e o 12º em mortalidade materna, apesar de ter o maior PIB per capita entre as capitais.
Em Vitória, a Prefeitura implementou um acompanhamento pré-natal ampliado, garantindo sete consultas durante a gestação, superando a recomendação da OMS. Magda Lamborghini, secretária de Saúde de Vitória, afirma que essa estratégia fortaleceu a vacinação e melhorou a cobertura de serviços básicos.
Desafios e Estratégias
Florianópolis, embora tenha bons resultados em mortalidade infantil e materna, enfrenta desafios em mortalidade prematura, ocupando a décima posição. Cláudio Goulart, secretário de Saúde, aponta que o perfil demográfico da cidade, com 18% da população acima de 60 anos, contribui para esse cenário.
Curitiba, com o programa Mãe Curitibana, busca reduzir a mortalidade materna e infantil, mas ainda enfrenta dificuldades. Tatiane Filipak, secretária de Saúde, destaca a adesão ao pré-natal como um desafio, especialmente entre gestantes imigrantes.
Fortaleza, apesar de um PIB per capita relativamente baixo, apresenta resultados positivos. Riane Azevedo, secretária de Saúde, atribui isso a investimentos estratégicos em áreas vulneráveis, como humanização do parto e programas de prevenção.
As prefeituras de Salvador, Teresina e João Pessoa não se manifestaram sobre os resultados negativos. Já a Prefeitura do Recife destaca políticas públicas voltadas à saúde materno-infantil, como os programas Mãe Coruja e Compaz, que têm mostrado tendência de queda nos índices de mortalidade.