- A Associação Espanhola de Pediatria (AEP) recomenda que crianças menores de seis anos evitem o uso regular de telas.
- Estudos indicam que o uso excessivo de dispositivos pode prejudicar o desenvolvimento emocional e cognitivo.
- Pesquisas anteriores associaram o uso de tecnologia por crianças menores de três anos a atrasos na linguagem e problemas de sono.
- O uso excessivo de tecnologia pode afetar o desenvolvimento cerebral, resultando em comportamentos impulsivos.
- A AEP alerta que adolescentes que passam muito tempo em redes sociais e videogames têm hábitos alimentares menos saudáveis e dormem menos.
A discussão sobre a idade adequada para o contato de crianças com dispositivos tecnológicos tem ganhado destaque entre pais e educadores. Estudos recentes, como o da Associação Espanhola de Pediatria (AEP), recomendam que crianças menores de seis anos evitem o uso regular de telas, devido a impactos negativos no desenvolvimento emocional e cognitivo.
Pesquisas anteriores, como a do pediatra John S. Button, mostraram que o uso excessivo de dispositivos por crianças menores de três anos está associado a atrasos no desenvolvimento da linguagem, pior qualidade de sono e menor interação com os pais. A AEP, que antes defendia que crianças menores de dois anos não deveriam ser expostas a telas, revisou sua posição em 2023, ampliando essa recomendação para os seis anos.
Impactos no Desenvolvimento
Durante os primeiros anos de vida, é crucial que as crianças desenvolvam vínculos com os pais e socializem com seus pares. O uso excessivo de tecnologia pode prejudicar essas interações, levando a problemas de comportamento e dificuldades emocionais. A AEP também destacou que adolescentes que passam muito tempo em redes sociais e videogames tendem a dormir menos e a ter hábitos alimentares menos saudáveis, aumentando o risco de obesidade infantil.
Além disso, o desenvolvimento cerebral é afetado pelo uso excessivo de telas. Crianças que utilizam dispositivos de forma regular apresentam menor espessura e conectividade na corteza prefrontal, o que pode resultar em comportamentos mais impulsivos e dispersos. A introdução de dispositivos em momentos de frustração pode criar uma dependência emocional, dificultando a autorregulação das crianças.
Reflexão Necessária
A decisão sobre quando permitir que crianças tenham acesso a dispositivos tecnológicos deve ser discutida em família, considerando diversas variáveis. No entanto, as evidências científicas são claras: o uso de telas deve ser evitado para crianças abaixo de seis anos, priorizando o desenvolvimento saudável em todas as suas dimensões.