- Pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) descobriram que a inflamação do tecido ao redor de células cancerosas, induzida pela bleomicina, pode ativar células dormentes, resultando em novos tumores.
- O estudo, liderado pelo professor Robert Weinberg, foi publicado na *Proceedings of the National Academy of Sciences*.
- A inflamação não ocorre espontaneamente; ela é provocada por fatores como a administração de bleomicina, um medicamento quimioterápico.
- Macrófagos M2, um tipo de célula imunológica, liberam ligantes que ativam as células dormentes, levando à multiplicação celular.
- Células despertas mantêm uma “memória de despertar”, permitindo que continuem a crescer mesmo sem sinais inflamatórios contínuos.
Os pesquisadores do MIT descobriram que a inflamação do tecido ao redor das células cancerosas, provocada pela bleomicina, pode ativar células dormentes, levando à formação de novos tumores. Este fenômeno é especialmente preocupante em casos de câncer de mama, onde a metástase é uma das principais causas de morte.
O estudo, liderado pelo professor Robert Weinberg e publicado na *Proceedings of the National Academy of Sciences*, investiga o que faz essas células inativas se tornarem ativas novamente. A pesquisa revela que a inflamação não é um processo espontâneo; ela é induzida por fatores como a administração de bleomicina, um medicamento quimioterápico que pode causar cicatrização e espessamento do tecido pulmonar.
Weinberg destaca que a inflamação “desperta” as células dormentes, que então começam a se multiplicar, formando tumores potencialmente letais. A equipe de pesquisa observou que a inflamação nos pulmões, causada pela bleomicina, foi suficiente para provocar o crescimento de colônias cancerígenas em camundongos tratados.
Mecanismos de Metástase
A metástase envolve um complexo processo em que células cancerosas se desprendem do tumor original e se espalham para outros órgãos. Embora muitas células morram durante essa jornada, algumas sobrevivem e podem permanecer dormentes por anos. Essas células enfrentam desafios constantes, como a detecção pelo sistema imunológico, e muitas vezes entram em um estado de dormência que as torna resistentes a tratamentos convencionais.
Os pesquisadores identificaram que macrófagos M2, um tipo de célula imunológica, desempenham um papel crucial nesse processo. Eles liberam ligantes do receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR), que ativam as células dormentes, iniciando uma cascata de sinais que as leva a se multiplicar rapidamente.
Além disso, uma vez despertas, essas células mantêm uma “memória de despertar”, permitindo que continuem a crescer mesmo na ausência de sinais inflamatórios contínuos. A equipe de Weinberg continua a investigar os sinais que contribuem para essa transição, com o objetivo de desenvolver tratamentos mais eficazes para pacientes com câncer metastático.