- O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou a elite médica brasileira durante um mutirão nacional em Brasília para reduzir filas do Sistema Único de Saúde (SUS).
- Lula destacou a resistência em formar mais médicos e a necessidade de profissionais em áreas carentes, especialmente no Norte e Nordeste.
- Ele mencionou que o programa Mais Médicos, criado em 2013, teve sua efetividade reduzida após o impeachment de Dilma Rousseff, mas que atualmente há quase 30 mil médicos a mais.
- O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran Gallo, respondeu às críticas, afirmando que os médicos não são uma elite e que seus comentários não ajudam a resolver os problemas do sistema de saúde.
- Gallo convidou autoridades a visitarem unidades de saúde em áreas remotas para entender a falta de infraestrutura e recursos enfrentada por médicos e pacientes.
No último sábado, durante um mutirão nacional em Brasília para reduzir as filas do SUS, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a elite médica brasileira. Ele afirmou que há resistência em formar mais médicos, destacando a necessidade de profissionais em áreas carentes. Ao lado do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, Lula ressaltou que o programa Mais Médicos, lançado em 2013, viu sua efetividade diminuir após o impeachment de Dilma Rousseff, mas que atualmente o número de médicos aumentou para quase 30 mil.
Lula enfatizou que, apesar do crescimento, ainda é insuficiente. Ele questionou a presença de médicos em cidades pequenas e regiões menos favorecidas, como o Norte e o Nordeste. O presidente afirmou: “Tem muito médico em uma certa região do país. Mas e quando a gente entra no coração deste país? Tem médico? Não tem.”
As declarações de Lula provocaram uma resposta do presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran Gallo. Ele anunciou que publicará uma nota para esclarecer que os médicos brasileiros não são uma elite, mas sim profissionais dedicados à população. Gallo considerou os comentários de Lula lamentáveis e destacou que eles não ajudam a resolver os problemas do sistema de saúde.
Gallo também convidou autoridades a visitarem unidades de saúde em áreas remotas, onde a falta de infraestrutura e recursos é evidente. Ele afirmou que essa experiência mostraria que tanto pacientes quanto médicos são vítimas de um sistema injusto, que carece de vontade política para melhorias. O presidente do CFM concluiu que discursos que polarizam a situação não contribuem para a solução dos desafios enfrentados pela saúde pública.