- O Comitê Consultivo sobre Práticas de Imunização (ACIP) adiou a votação sobre a recomendação de adiar a primeira dose da vacina contra hepatite B para recém-nascidos.
- A reunião ocorreu em Atlanta e discutiu a possibilidade de atrasar a vacinação de 24 horas após o nascimento para um mês de idade, especialmente para bebês cujas mães testaram negativo para a doença.
- A recomendação atual, em vigor desde mil novecentos e noventa e um, estabelece a vacinação imediata como crucial para a prevenção de infecções.
- Especialistas expressaram preocupações sobre os riscos de atrasar a vacinação, com alguns defendendo que o benefício da dose ao nascer supera os potenciais efeitos adversos.
- O ACIP também recomendou testes de hepatite B para todas as gestantes, visando identificar e tratar infecções em mulheres grávidas.
O Comitê Consultivo sobre Práticas de Imunização (ACIP) adiou a votação sobre a recomendação de adiar a primeira dose da vacina contra hepatite B para recém-nascidos. A decisão foi tomada durante uma reunião em Atlanta, onde o grupo discutiu a possibilidade de atrasar a vacinação de 24 horas após o nascimento para um mês de idade, especialmente para bebês cujas mães testaram negativo para a doença.
A recomendação atual, em vigor desde 1991, estabelece que todos os recém-nascidos devem receber a vacina contra hepatite B nas primeiras 24 horas de vida. Essa prática é considerada crucial para a prevenção de infecções, tendo contribuído para a redução de 99% dos casos agudos da doença entre crianças e adolescentes entre 1990 e 2019. O adiamento da votação mantém essa diretriz até que o ACIP se reúna novamente.
Durante a reunião, alguns membros expressaram preocupações sobre os riscos de atrasar a vacinação. O pediatra Dr. Cody Meissner afirmou que o benefício da dose ao nascer supera qualquer efeito adverso potencial, ressaltando que a vacinação imediata é vital para garantir que os bebês recebam a primeira dose. Por outro lado, o Dr. Robert Malone, conhecido por suas críticas às vacinas, argumentou que a votação deveria ser adiada devido à falta de consenso sobre a segurança e eficácia da vacina.
Implicações da Mudança
A proposta de adiar a vacinação gerou debates acalorados entre especialistas. A American Academy of Pediatrics e outros especialistas alertaram que a mudança poderia aumentar o risco de infecções em recém-nascidos. Além disso, a Merck, fabricante de uma das vacinas, destacou que a reconsideração da vacinação no nascimento poderia levar a um aumento de doenças infecciosas preveníveis.
O ACIP também votou para recomendar testes de hepatite B para todas as gestantes, uma medida que visa identificar e tratar infecções em mulheres grávidas. A próxima reunião do comitê ainda não tem data definida, mas a expectativa é que o debate sobre a vacinação contra hepatite B continue a ser um tema relevante na saúde pública.