- A Sociedade Brasileira de Cardiologia, a Sociedade Brasileira de Nefrologia e a Sociedade Brasileira de Hipertensão reclassificaram a pressão arterial de 12 por 8 (120/80 mmHg) como pré-hipertensão.
- A mudança foi anunciada em setembro de 2025 e visa intervenções precoces para evitar a progressão da hipertensão.
- Agora, a pressão arterial é considerada normal apenas quando inferior a 12 por 8. Valores iguais ou superiores a 14 por 9 (140/90 mmHg) continuam a ser classificados como hipertensão.
- A cardiologista Andréa Brandão, coordenadora da diretriz, destaca a importância dessa nova classificação para prevenir complicações graves.
- As diretrizes recomendam mudanças de estilo de vida para quem está na faixa de pré-hipertensão e consideram a introdução de medicamentos se a pressão ultrapassar 13 por 8 e houver alto risco cardiovascular.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia, a Sociedade Brasileira de Nefrologia e a Sociedade Brasileira de Hipertensão divulgaram novas diretrizes que reclassificam a pressão arterial de 12 por 8 (120/80 mmHg) como pré-hipertensão. Essa mudança, anunciada em setembro de 2025, visa promover intervenções precoces para evitar a progressão da hipertensão, que é uma condição que aumenta o risco de doenças cardiovasculares.
Agora, a pressão arterial é considerada normal apenas quando inferior a 12 por 8. Valores iguais ou superiores a 14 por 9 (140/90 mmHg) continuam a ser classificados como hipertensão em seus diferentes estágios. A cardiologista Andréa Brandão, coordenadora da diretriz, enfatiza que essa nova classificação é fundamental para a prevenção de complicações graves.
As diretrizes recomendam que indivíduos na faixa de pré-hipertensão adotem mudanças de estilo de vida, como alimentação saudável e prática regular de exercícios. Caso a pressão ultrapasse 13 por 8, e o paciente apresente alto risco cardiovascular, a introdução de medicamentos pode ser considerada após três meses de tentativas de controle não medicamentoso.
Importância da Medição
A aferição da pressão arterial deve ser realizada a partir dos três anos de idade, com ênfase em idosos, que têm maior predisposição a desenvolver hipertensão. O uso de MAPA (medida ambulatorial da pressão arterial) e MRPA (medida residencial da pressão arterial) é recomendado para diagnósticos mais precisos, evitando influências externas que podem alterar os resultados.
Essas novas diretrizes foram inspiradas em estudos apresentados no Congresso Europeu de Cardiologia de 2024, realizado em Londres. O objetivo é reduzir os níveis de hipertensão, especialmente entre pessoas de alto risco, e garantir que o tratamento comece imediatamente após o diagnóstico.
