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Nova diretriz amplia critérios para diagnóstico de obesidade além do IMC

Novas diretrizes recomendam avaliação do risco cardiovascular em adultos com sobrepeso ou obesidade e sugerem tratamentos como semaglutida e tirzepatida

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Imagem relacionada à obesidade (Foto: Reprodução)
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  • A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso) lançou novas diretrizes sobre o tratamento da obesidade, focando na prevenção cardiovascular.
  • O documento foi apresentado durante o Congresso Brasileiro de Cardiologia, em São Paulo.
  • A avaliação do risco cardiovascular deve ser feita em adultos entre 30 e 79 anos com sobrepeso ou obesidade, utilizando o escore PREVENT.
  • A diretriz sugere metas de perda de peso de pelo menos 5% para casos menos graves e 10% para aqueles com risco moderado a alto.
  • Os tratamentos farmacológicos modernos, como semaglutida e tirzepatida, são recomendados para reduzir eventos cardiovasculares em pacientes em risco.

A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), em parceria com outras entidades, lançou novas diretrizes sobre o tratamento da obesidade, focando na prevenção cardiovascular. O documento foi apresentado durante o Congresso Brasileiro de Cardiologia, em São Paulo, e propõe a avaliação do risco cardiovascular em adultos com sobrepeso ou obesidade, utilizando o escore PREVENT.

As diretrizes indicam que todos os adultos entre 30 e 79 anos diagnosticados com sobrepeso ou obesidade devem passar por essa avaliação. Mesmo aqueles com índice de massa corporal (IMC) inferior a 40, sem histórico cardiovascular, serão analisados. A endocrinologista Cynthia Valério, diretora da Abeso, destaca que a obesidade afeta cerca de 31% da população brasileira e que o crescimento global da condição é alarmante.

Avaliação do Risco

O escore PREVENT estima a probabilidade de infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca nos próximos dez anos. Os resultados classificam os indivíduos em risco baixo, moderado ou alto para eventos cardiovasculares. Além disso, a diretriz sugere uma triagem diferenciada para insuficiência cardíaca, ajustando os pontos de corte de exames laboratoriais, como NT-proBNP, para evitar subdiagnósticos.

Para pacientes com IMC acima de 35, um nível de NT-proBNP acima de 50 pg/mL acende um alerta para insuficiência cardíaca. Já para aqueles sem obesidade, o valor de atenção é acima de 125 pg/mL. A diretriz estabelece metas claras de perda de peso, sugerindo uma redução de pelo menos 5% para casos menos graves e 10% para aqueles com risco moderado a alto.

Tratamentos Modernos

Os médicos são incentivados a considerar tratamentos farmacológicos modernos, como semaglutida e tirzepatida, que demonstraram eficácia na redução de eventos cardiovasculares. Valério ressalta que, embora esses medicamentos possam ter um custo elevado, são essenciais para tratar pacientes em risco.

Essas novas diretrizes representam um avanço significativo na abordagem da obesidade, que agora considera o risco real de complicações, além do IMC. Com 68% da população adulta brasileira apresentando sobrepeso ou obesidade, a implementação dessas recomendações é crucial para a redução de complicações e mortes relacionadas.

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