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Tendências de consumo na infância podem trazer riscos à saúde e ao desenvolvimento

Especialistas alertam para a influência da publicidade no consumismo infantil e sugerem o brincar livre como alternativa ao excesso de compras.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Foto: Reprodução
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  • O consumo excessivo de produtos para crianças, como brinquedos e cosméticos, gera preocupações sobre a influência da publicidade e os impactos ambientais.
  • A terapeuta ocupacional Farah Mendes destaca a importância do brincar livre para o desenvolvimento infantil, enfatizando que as crianças devem focar em “estar” em vez de “ter”.
  • A atriz e comunicadora socioambiental Laila Zaid fala sobre a dificuldade de dizer “não” aos pedidos de brinquedos, mas ressalta a necessidade de estabelecer limites para combater o consumismo.
  • Mendes sugere alternativas criativas, como fazer brinquedos caseiros e promover atividades ao ar livre, para reduzir a dependência de produtos comerciais.
  • Especialistas alertam que a publicidade infantil influencia mais de 80% das decisões de compra das famílias, e os adultos devem filtrar essas demandas, enquanto o Estado e as empresas têm a responsabilidade de proteger as crianças.

O consumo excessivo de produtos voltados para crianças, como brinquedos e cosméticos, tem gerado preocupações em relação à influência da publicidade e seus impactos ambientais. Especialistas sugerem que priorizar o brincar livre é essencial para o desenvolvimento infantil.

Recentemente, a terapeuta ocupacional Farah Mendes destacou que as brincadeiras são fundamentais para o desenvolvimento cognitivo, motor e emocional das crianças. Mendes, idealizadora do projeto “Pipas desenvolvimento”, enfatiza que o brincar deve ser mais sobre “estar” do que “ter”. Ela critica a pressão do consumo, que leva as crianças a acreditarem que precisam de objetos para se sentir aceitas.

A atriz e comunicadora socioambiental Laila Zaid compartilha sua experiência com os filhos, que frequentemente pedem brinquedos da moda. Apesar da dificuldade em dizer “não”, ela reconhece a importância de estabelecer limites. “Bancar esse ‘não’ é difícil, mas necessário”, afirma. Zaid ressalta que o consumismo excessivo não apenas afeta a infância, mas também contribui para a crise ambiental, especialmente em relação ao plástico.

Alternativas ao Consumo

Mendes sugere alternativas criativas para as famílias, como fazer brinquedos caseiros e incentivar atividades ao ar livre. “Trocar o Labubu por fazer seus próprios bonecos é uma ótima opção”, sugere. Além disso, cozinhar juntos e explorar a natureza são formas de promover o desenvolvimento sem depender de produtos comerciais.

A publicidade direcionada às crianças continua a ser uma preocupação. Maria Mello, coordenadora do programa Criança e Consumo, alerta que as crianças influenciam mais de 80% das decisões de compra das famílias. A prática de publicidade infantil é considerada abusiva no Brasil, mas ainda persiste, moldando valores e comportamentos.

O Papel dos Adultos

Os adultos têm um papel crucial em filtrar as demandas de consumo. Mendes enfatiza que “os cuidadores devem avaliar e explicar o que é realmente necessário”. Além disso, Mello destaca que o Estado e as empresas também devem assumir responsabilidades na proteção das infâncias, garantindo que as crianças tenham acesso a brincadeiras livres e atividades culturais.

A reflexão sobre o consumo e o brincar é fundamental para resgatar a essência da infância. O documentário “Tarja Branca” provoca uma discussão sobre o que falta para a revolução do brincar, lembrando que brincar é essencial à natureza humana.

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