- A escassez de profissionais de saúde é um problema global, com a Organização Mundial da Saúde (OMS) prevendo uma lacuna de 10 milhões até 2030.
- No Brasil, a distribuição de médicos é desigual, com estados como Maranhão e Amazonas apresentando menos de 1,3 médico por mil habitantes.
- Iniciativas de saúde digital, como a da Ana Health, buscam melhorar o acesso e a eficiência na Atenção Primária à Saúde por meio de inteligência artificial.
- Dados mostram que 34% da população brasileira não tem acesso ao programa de atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS), e 33,3 milhões de pessoas não possuem planos de saúde.
- A Ana Health propõe um modelo que integra tecnologia ao atendimento, visando promover equidade no acesso à saúde e melhorar a eficiência do cuidado ao paciente.
A escassez de profissionais de saúde é um desafio global, com a Organização Mundial da Saúde (OMS) prevendo uma lacuna de 10 milhões de trabalhadores até 2030. Essa situação compromete o acesso a serviços essenciais, afetando cerca de 60% da população mundial. No Brasil, a desigualdade na distribuição de médicos é alarmante, com estados como Maranhão e Amazonas apresentando menos de 1,3 médico por mil habitantes.
Iniciativas de saúde digital, como a da Ana Health, buscam mitigar essa crise. A startup, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), desenvolve soluções baseadas em inteligência artificial para aprimorar a Atenção Primária à Saúde. A tecnologia emprega métodos avançados de processamento de linguagem natural e aprendizado de máquina, visando personalizar o cuidado em saúde.
Dados recentes revelam que 34% da população brasileira não tem acesso ao programa de atenção básica do SUS, sendo que 33,3 milhões de pessoas não possuem planos de saúde. A falta de médicos, especialmente em áreas remotas, agrava a situação. A concentração de profissionais em capitais e regiões desenvolvidas impede o acesso adequado à saúde em locais vulneráveis.
Desafios e Oportunidades
O modelo tradicional de assistência, que depende da presença física de médicos, não é suficiente para atender a demanda. A Atenção Primária à Saúde poderia resolver cerca de 85% das demandas, mas muitos usuários do SUS não realizam acompanhamento regular. A implementação de tecnologias digitais pode liberar o tempo dos profissionais, permitindo um foco maior no cuidado ao paciente.
A análise do McKinsey Health Institute destaca que o Brasil se encaixa no arquétipo de “países com escassez de trabalhadores”, onde há vagas disponíveis, mas faltam profissionais qualificados. A adoção de ferramentas tecnológicas é essencial para enfrentar essa lacuna. Experiências internacionais mostram que a automação de processos pode reduzir significativamente o tempo gasto em tarefas administrativas.
A Ana Health propõe um modelo inovador que integra inteligência artificial ao atendimento, promovendo equidade no acesso à saúde. Essa abordagem não apenas melhora a eficiência, mas também permite que os profissionais se concentrem no cuidado direto ao paciente, transformando a realidade da saúde no Brasil.