- A neurocisticercose é uma infecção parasitária do sistema nervoso central, causada pela larva da Taenia solium, e é uma das principais causas de epilepsia em regiões de baixa e média renda.
- Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) publicaram um artigo de revisão que propõe protocolos de atendimento clínico e discute novas abordagens diagnósticas e de tratamento.
- O estudo, liderado por Thales Pardini, visa orientar profissionais de saúde e enfatiza a medicina personalizada.
- A infecção ocorre pela ingestão de alimentos ou água contaminados com ovos do parasita, sendo comum em áreas com saneamento básico inadequado.
- O tratamento inclui antiparasitários, anti-inflamatórios e medicamentos para epilepsia, com atenção especial a grupos vulneráveis, como crianças e gestantes.
A neurocisticercose, infecção parasitária do sistema nervoso central causada pela larva da Taenia solium, é uma das principais causas de epilepsia em regiões de baixa e média renda, como América Latina, Ásia e África. Pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) publicaram um artigo de revisão que propõe protocolos de atendimento clínico e discute novas abordagens diagnósticas e de tratamento.
O estudo, liderado pelo doutorando Thales Pardini, visa ser um guia prático para profissionais de saúde, abordando a necessidade de medicina personalizada. A neurocisticercose ocorre pela ingestão de alimentos ou água contaminados com ovos do parasita, tornando o ser humano o hospedeiro. Em áreas endêmicas, a contaminação é comum devido à falta de saneamento básico, como o uso de água contaminada para lavar vegetais.
Os sintomas incluem dores de cabeça, convulsões e confusão mental, podendo evoluir para meningite ou hidrocefalia. O diagnóstico é realizado por meio de exames de imagem, como tomografia e ressonância magnética. Embora exames sorológicos sejam eficazes em casos de múltiplas lesões, eles falham em identificar lesões únicas ou calcificadas. Novos testes com antígenos recombinantes estão em desenvolvimento, mas ainda não estão amplamente disponíveis.
O tratamento envolve o uso de antiparasitários, anti-inflamatórios e medicamentos para epilepsia. Grupos como crianças e gestantes requerem atenção especial, pois a doença pode ter diferentes manifestações e riscos. O artigo também destaca a necessidade de mudanças estruturais para o controle da neurocisticercose, incluindo a realização de ensaios clínicos robustos e medidas de saúde pública, como a vacinação de suínos e melhorias no saneamento.