- A seletividade alimentar entre crianças é um desafio comum, afetando mais da metade delas em algum momento, segundo o NHS.
- A nutricionista Charlotte Stirling-Reed sugere que os pais permitam que as crianças escolham o que comer e respondam com “tudo bem” ao ouvir um “não quero isso”.
- É importante não rotular alimentos como bons ou ruins e manter uma postura neutra em relação à comida.
- Transformar as refeições em experiências agradáveis, como ler durante a refeição, pode ajudar a criar um ambiente descontraído.
- Observar o apetite da criança e envolvê-la na preparação dos alimentos pode aumentar a aceitação de novos sabores.
Os desafios da seletividade alimentar entre crianças são comuns e preocupantes para muitos pais. De acordo com o NHS, mais da metade das crianças apresenta exigências alimentares em algum momento. A nutricionista Charlotte Stirling-Reed, em entrevista à BBC, oferece estratégias práticas para lidar com essa situação.
Uma das principais recomendações é permitir que as crianças escolham o que comer. Stirling-Reed sugere que, ao ouvir um “não quero isso”, os pais respondam com “tudo bem”. Essa abordagem ajuda a criança a sentir autonomia e pode aumentar a disposição para experimentar novos pratos. Além disso, deixar que elas saiam da mesa quando desejarem evita prolongar o momento da refeição, que pode se tornar estressante.
A Importância da Neutralidade
Outro ponto crucial é não rotular os alimentos como bons ou ruins. A nutricionista orienta que os pais adotem uma postura neutra em relação à comida, evitando recompensas ou punições baseadas no que a criança come. Ensinar sobre equilíbrio e moderação é essencial, sem depreciar certos alimentos.
Transformar as refeições em experiências agradáveis é fundamental. Stirling-Reed recomenda incluir atividades, como ler um livro durante a refeição, para tornar o ambiente mais acolhedor. Conversar e interagir durante as refeições também é vital para criar um clima descontraído.
Observando o Apetite
É importante observar o apetite da criança, que pode variar ao longo do tempo. Após um ano, o crescimento das crianças pode desacelerar, resultando em mudanças no apetite. Os pais devem oferecer refeições em horários regulares, mas permitir que as crianças decidam quanto comer.
Incluir as crianças na preparação dos alimentos pode aumentar a aceitação de novos sabores. Stirling-Reed recomenda atividades simples, como ajudar a pôr a mesa ou escolher frutas e legumes no mercado. Quanto mais familiarizadas as crianças estiverem com os alimentos, maior a probabilidade de aceitá-los.
Essas estratégias visam ajudar os pais a desenvolver uma relação mais saudável entre seus filhos e a comida, tornando as refeições um momento de prazer e aprendizado.