- Pasqual Maragall, exalcalde de Barcelona e ex-presidente da Generalitat, revelou seu diagnóstico de Alzheimer há 18 anos, promovendo a pesquisa sobre a doença.
- Sua filha, Cristina Maragall, atual presidente da Fundação Pasqual Maragall, compartilha a rotina de seu pai, que vive com cuidadores e frequenta um centro de dia.
- Cristina destaca a falta de informação e apoio psicológico como um grande desafio para as famílias após o diagnóstico.
- A Fundação Pasqual Maragall busca romper estigmas associados ao Alzheimer, enfatizando que a doença envolve mais do que a perda de memória.
- Cristina acredita que a pesquisa está em um momento promissor, com mais de 100 fármacos em teste, e ressalta a importância da conscientização e do suporte às famílias.
Pasqual Maragall, exalcalde de Barcelona e ex-presidente da Generalitat, revelou seu diagnóstico de Alzheimer há 18 anos, desafiando estigmas e promovendo a pesquisa sobre a doença. Sua filha, Cristina Maragall, atual presidente da Fundação Pasqual Maragall, compartilha a rotina de seu pai e discute a importância da informação para famílias afetadas pela doença.
Cristina Maragall destaca que seu pai, aos 84 anos, vive uma vida tranquila e rotineira, apesar da dependência crescente. Ele reside em casa com cuidadores e frequenta um centro de dia, onde participa de atividades como passeios e escuta de música. A filha enfatiza que a falta de informação e apoio psicológico para as famílias é um dos maiores desafios enfrentados após o diagnóstico.
A Fundação Pasqual Maragall, que se tornou um centro de pesquisa de referência internacional, busca romper os estigmas associados ao Alzheimer. Cristina ressalta que a doença não se resume à perda de memória, mas também envolve complexas reações comportamentais que dificultam os cuidados. Ela defende que, ao receber o diagnóstico, as famílias deveriam ter acesso a informações e suporte adequados.
Cristina também aborda a questão da autonomia dos pacientes. Ela menciona que respeitar a liberdade de pessoas com Alzheimer é um desafio para os cuidadores, especialmente quando se trata de atividades cotidianas, como dirigir. A falta de regulamentação sobre a condução de veículos por pacientes é uma preocupação que precisa ser discutida.
Em relação à pesquisa, Cristina Maragall acredita que estamos em um momento promissor. Com mais de 100 fármacos em fase de teste, há esperança de que novos tratamentos possam surgir. Ela aponta que hábitos saudáveis, como boa alimentação e socialização, podem ajudar a prevenir a doença, mas a cura ainda é incerta.
A realidade dos cuidadores também é alarmante. Cerca de 76% são mulheres, dedicando até 70 horas semanais aos cuidados, o que gera um custo anual elevado. Cristina destaca que muitas famílias enfrentam dificuldades financeiras para arcar com os cuidados necessários, o que agrava a situação.
A luta contra o Alzheimer, segundo Cristina, é um posicionamento político. Ela acredita que a conscientização e a busca por recursos são essenciais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e suas famílias. A percepção social sobre a doença tem mudado, mas ainda há um longo caminho a percorrer para que as pessoas se sintam à vontade para buscar ajuda e apoio.