- A Sociedade Brasileira de Cardiologia reclassificou a pressão arterial de 120 por 80 mmHg como pré-hipertensão.
- A mudança foi anunciada durante o 80° Congresso Brasileiro de Cardiologia.
- A pré-hipertensão, antes identificada a partir de 130 por 85 mmHg, agora requer atenção para prevenir a hipertensão.
- O tratamento medicamentoso é indicado apenas para níveis superiores a 130 por 80 mmHg em casos de alto risco.
- Especialistas recomendam mudanças de estilo de vida, como controle de peso e prática de exercícios, para quem apresenta pressão arterial de 12 por 8.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia anunciou novas diretrizes que reclassificam a pressão arterial de 120 por 80 mmHg como pré-hipertensão. A mudança, divulgada no 80° Congresso Brasileiro de Cardiologia, visa alertar a população sobre riscos e incentivar a adoção de hábitos saudáveis.
A pré-hipertensão, que antes era identificada a partir de 130 por 85 mmHg, agora requer atenção especial. Fernanda Weiler, cardiologista, explica que essa nova categorização não implica em tratamento medicamentoso imediato, que só é recomendado para níveis superiores a 130 por 80 mmHg em casos de alto risco. O objetivo é identificar indivíduos em risco mais cedo e promover intervenções não farmacológicas.
A diretriz ressalta que a pré-hipertensão não é uma doença, mas um estado de alerta, semelhante ao pré-diabetes. Luiz Aparecido Bortolotto, um dos autores da diretriz, enfatiza que a mudança busca aumentar a conscientização sobre a hipertensão, que afeta cerca de 28% da população brasileira. Pacientes com pressão arterial de 12 por 8 devem focar em mudanças de estilo de vida, como controle de peso, redução do estresse e prática de atividades físicas.
Medidas Preventivas
Para evitar a progressão para a hipertensão, é fundamental que os pacientes adotem hábitos saudáveis. Isso inclui:
- Controlar o peso
- Reduzir o consumo de sódio
- Aumentar a ingestão de potássio
- Realizar exercícios regularmente
- Dormir bem
- Monitorar a pressão arterial anualmente
A nova diretriz também introduz uma escala internacional, a PREVENT, para medir o risco cardíaco, considerando fatores como histórico familiar e doenças associadas. A medição da pressão deve ser feita em pelo menos duas ocasiões distintas para um diagnóstico preciso.
A mudança nas diretrizes gerou críticas, mas os especialistas defendem que o foco é aumentar a conscientização e a prevenção. A cardiologista Weiler destaca que a hipertensão é uma doença silenciosa e que a nova categorização deve servir como um alerta para que os pacientes adotem hábitos saudáveis e façam acompanhamento médico regular.