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Pais brasileiros apoiam vacinação de crianças nas escolas, revela pesquisa

Pesquisa revela que 21,11% dos cuidadores não autorizariam a vacinação escolar contra covid-19, destacando a necessidade de estratégias de comunicação e conveniência.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Uma mão com luvas manipula uma vacina enquanto uma criança aguarda ao fundo com o ombro exposto (Foto: Reprodução)
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  • Uma pesquisa recente mostra que a maioria dos cuidadores no Brasil apoia a vacinação escolar, com apoio de oito em cada dez para a vacina contra a covid-19.
  • A resistência à vacina contra a covid-19 é maior entre evangélicos, com 21,11% dos cuidadores não autorizando a vacinação escolar.
  • O estudo foi realizado com quase 800 pais e responsáveis entre julho e agosto de 2023, sob a liderança de Lorena Barberia, professora da Universidade de São Paulo (USP).
  • A conveniência da vacinação, como horários e locais acessíveis, é considerada essencial para aumentar a cobertura vacinal.
  • O Ministério da Saúde planeja implementar programas de vacinação em escolas, mas ainda não divulgou detalhes.

Uma pesquisa recente indica que a maioria dos cuidadores no Brasil apoia a vacinação escolar, mas há resistência significativa em relação à vacina contra a covid-19, especialmente entre evangélicos. O estudo, realizado com quase 800 pais e responsáveis entre julho e agosto de 2023, revela que 8 em cada 10 apoiam a vacinação escolar contra covid-19, em comparação com 9 em cada 10 para vacinas como gripe, dengue e HPV.

Os dados mostram que apenas 7,5% dos entrevistados se opõem a qualquer programa de vacinação escolar. A pesquisa foi liderada por Lorena Barberia, professora da USP, e envolveu instituições como a Fundação Getúlio Vargas e a Universidade Federal de Juiz de Fora. Barberia destaca que a conveniência da vacinação, como horários e locais acessíveis, é crucial para aumentar a cobertura vacinal.

Resistência à Vacinação

Os resultados apontam que 21,11% dos cuidadores não autorizariam a vacinação escolar contra a covid-19. Essa resistência pode ser influenciada por um cenário político que, segundo a pesquisadora, desestimulou a vacinação infantil durante o governo anterior. O ex-presidente Jair Bolsonaro minimizou os riscos da covid-19 e questionou a segurança das vacinas, o que impactou a percepção pública.

Barberia observa que, apesar da aprovação das vacinas pela Anvisa, a hesitação vacinal persiste. Ela sugere que a falta de flexibilidade nos horários de vacinação pode ser um fator que impede os pais de levarem seus filhos aos postos. “Se a vacinação fosse organizada de forma mais conveniente, poderíamos alcançar uma cobertura de 80 a 90%”, afirma.

Implicações para a Saúde Pública

Os achados da pesquisa têm implicações diretas para as políticas de saúde pública no Brasil. O Ministério da Saúde anunciou planos para implementar programas de vacinação em escolas, mas detalhes ainda não foram divulgados. A pesquisa também destaca a necessidade de estratégias de comunicação que abordem preocupações específicas sobre as vacinas, especialmente entre grupos demográficos menos engajados.

Além disso, a aceitação da vacina contra a dengue, mesmo sem estar disponível no Sistema Único de Saúde, sugere que a aceitação de vacinas em ambiente escolar não depende apenas de sua história de uso. O estudo conclui que a resistência à vacina da covid-19 é um desafio que precisa ser enfrentado, especialmente em um contexto de desinformação e hesitação vacinal.

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