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Prefeitura baiana publica lista com nomes de 245 pessoas portadoras de HIV

Prefeitura admite erro ao publicar lista com nomes de pessoas com HIV e abre sindicância para apurar vazamento de dados pessoais

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Autotestes e medicamentos para prevenção do HIV são distribuídos no metrô de São Paulo (Foto: Reprodução)
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  • A Prefeitura de Feira de Santana publicou uma lista com os nomes de 245 pessoas que vivem com HIV, gerando uma investigação do Ministério Público da Bahia.
  • A divulgação ocorreu no Diário Oficial e anunciou a suspensão do benefício de passe livre no transporte coletivo para esses cidadãos.
  • A lista também incluía pacientes com fibromialgia e anemia falciforme, e a portaria da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana determinou a devolução dos cartões em até cinco dias.
  • A gestão do prefeito José Ronaldo reconheceu que a publicação foi um erro e instaurou uma sindicância interna para apurar o vazamento de dados.
  • A divulgação contraria a legislação brasileira que protege a privacidade de pessoas com HIV, podendo resultar em sanções para a prefeitura.

A Prefeitura de Feira de Santana publicou, no último sábado, uma lista com os nomes de 245 pessoas que vivem com HIV, o que gerou uma investigação do Ministério Público da Bahia. A divulgação ocorreu no Diário Oficial ao anunciar a suspensão do benefício de passe livre no transporte coletivo para essas pessoas.

A lista, que também incluía pacientes com fibromialgia e anemia falciforme, foi parte de uma portaria da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana que determinou a devolução dos cartões de passe livre em até cinco dias. A decisão foi motivada por uma revogação de liminar judicial que garantia o benefício a esses grupos.

A gestão do prefeito José Ronaldo (União Brasil) reconheceu que a publicação foi um erro, resultado de uma falha no sistema. Em nota, a prefeitura lamentou a situação e reafirmou seu compromisso com a privacidade dos cidadãos. A lista foi retirada do ar, e uma sindicância interna foi instaurada para investigar o vazamento de dados, com resultados previstos para serem divulgados em duas semanas.

A divulgação dos nomes contraria a legislação brasileira que assegura o sigilo sobre a condição de pessoas com HIV e outras doenças. A Lei 14.289, de 2022, estabelece que o descumprimento pode resultar em sanções, incluindo advertências e multas, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados. O vereador Jhonatas Monteiro (PSOL) criticou a gestão municipal, afirmando que a divulgação reflete a pressa em retirar direitos conquistados por essas pessoas.

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