- O SAMU Indígena (SAMUi) foi inaugurado há um mês na Aldeia Jaguapiru, em Dourados, Mato Grosso do Sul.
- O serviço já atendeu 153 pessoas em um mês, funcionando 24 horas.
- Antes, o SAMU 192 atendia, em média, duas pessoas por dia na reserva.
- A equipe é composta por profissionais indígenas, o que aumentou a confiança da comunidade no atendimento.
- O projeto é um piloto do Ministério da Saúde, com investimento de R$ 1,5 milhão entre janeiro e agosto deste ano.
O SAMU Indígena (SAMUi), inaugurado há um mês na Aldeia Jaguapiru, em Dourados, Mato Grosso do Sul, já atendeu 153 pessoas. O serviço, que opera 24 horas, foi criado para melhorar o acesso à saúde da comunidade indígena, que conta com cerca de 25 mil habitantes.
Antes da implementação do SAMUi, o SAMU 192 atendia, em média, apenas duas pessoas por dia na reserva. A presença de profissionais indígenas na equipe tem sido fundamental para aumentar a confiança da população no atendimento. Everton Pontes, enfermeiro e filho de pai indígena, destaca que a familiaridade com a região permite um atendimento mais rápido e eficaz.
O SAMUi não apenas realiza atendimentos de urgência, mas também oferece informações e orientações à comunidade. Casos menos complexos são encaminhados para o Hospital da Missão Evangélica Kaiowá, localizado na própria reserva, enquanto os mais graves são levados ao Hospital Universitário da Grande Dourados.
Impacto na Comunidade
O coordenador geral do SAMU regional de Dourados, Otávio Miguel Liston, ressalta que a comunicação em língua materna tem facilitado o acolhimento dos pacientes. A equipe, composta por condutores-socorristas, enfermeiros e técnicos de enfermagem, revezam turnos para garantir a continuidade do serviço.
O projeto SAMU Indígena é um piloto do Ministério da Saúde, que visa universalizar o SAMU 192 até 2026. Para a manutenção do serviço em Dourados, foram alocados R$ 1,5 milhão entre janeiro e agosto deste ano, cobrindo a Central de Regulação de Urgência e diversas unidades de suporte.