- Flávia Neves Pereira Manzan, de 34 anos, foi diagnosticada com câncer de ovário em 2022 após uma década de cólicas abdominais.
- O diagnóstico ocorreu após uma crise intensa que levou a exames que revelaram a doença.
- Em 2024, foi lançado o programa Goiás Todo Rosa, que oferece testes genéticos gratuitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para melhorar o diagnóstico do câncer de ovário.
- Até agosto de 2025, foram realizados 571 exames, com 81 resultados positivos.
- Flávia enfrentou uma recidiva em 2025, necessitando de nova quimioterapia e cirurgia, e destaca a importância de buscar ajuda médica ao notar sintomas persistentes.
Flávia Neves Pereira Manzan, de 34 anos, enfrentou décadas de cólicas abdominais que foram inicialmente atribuídas a gases. Em 2022, uma crise intensa levou ao diagnóstico de câncer de ovário, uma das formas mais letais de câncer ginecológico. Após passar por três prontos-socorros, onde suspeitaram de apendicite e gravidez, uma tomografia revelou um cisto, e um especialista confirmou a doença. Flávia teve que realizar uma cirurgia para retirar o útero, ovário e trompas, resultando em menopausa precoce.
O câncer de ovário é frequentemente diagnosticado em estágios avançados devido à falta de rastreamento eficaz e à natureza inespecífica dos sintomas, como aumento abdominal e desconforto pélvico. A médica Andrea Paiva Gadelha, do Hospital A.C. Camargo Cancer Center, destaca que a persistência dos sintomas deve ser investigada. O histórico familiar é crucial, pois cerca de 25% dos casos estão ligados a mutações nos genes BRCA1 e BRCA2.
Em 2024, o programa Goiás Todo Rosa foi lançado, oferecendo testes genéticos gratuitos pelo SUS. O projeto, em parceria com a Universidade Federal de Goiás, visa melhorar o diagnóstico e tratamento do câncer de ovário, além de promover a conscientização sobre a doença. Até agosto de 2025, foram realizados 571 exames, com 81 resultados positivos. O secretário de Saúde, Rasivel Santos, afirma que a iniciativa é efetiva e economicamente viável, evitando gastos futuros com tratamentos mais complexos.
Flávia, que já enfrentou uma recidiva em 2025, destaca a importância de dar atenção aos sintomas e buscar ajuda médica. Ela enfatiza que, muitas vezes, as mulheres priorizam outras responsabilidades em detrimento da saúde. O apoio psicológico foi fundamental em sua jornada, e ela aguarda agora a definição dos próximos passos após a recidiva.