- A vice-ministra da Saúde do Brasil, Mariângela Simão, reafirmou o compromisso do país em eliminar as hepatites até 2030 durante a 4ª Reunião Anual do Grupo de Amigos para Eliminar Hepatites, em Nova York, no dia 22 de setembro.
- Ela destacou avanços no tratamento e na vacinação, com uma redução de 60% na mortalidade por hepatite C e 50% por hepatite B desde 2015.
- A cobertura vacinal contra hepatite B entre recém-nascidos ultrapassa 90%.
- Mariângela criticou restrições do governo dos Estados Unidos que impediram a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na Assembleia Geral da ONU.
- O Brasil produz 90% dos medicamentos contra hepatite B e trata 70% dos pacientes com hepatite C com genéricos, resultado de uma parceria público-privada.
A vice-ministra da Saúde do Brasil, Mariângela Simão, reafirmou o compromisso do país com a eliminação das hepatites até 2030 durante a 4ª Reunião Anual do Grupo de Amigos para Eliminar Hepatites, realizada em Nova York, nesta segunda-feira (22). Ela destacou os avanços no tratamento e na vacinação, apesar dos desafios persistentes.
Mariângela enfatizou que o Brasil leva a sério seu papel de liderança na coalizão BRICS, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs priorizar doenças socialmente determinadas. A reunião, que faz parte da programação da 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, reúne países como África do Sul, Uganda e Japão, com o objetivo de acelerar os compromissos globais de eliminação das hepatites.
O Brasil, que atende 75% da população pelo Sistema Único de Saúde (SUS), registrou uma redução de 60% na mortalidade por hepatite C e 50% por hepatite B desde 2015. A cobertura vacinal contra hepatite B ultrapassa 90% entre recém-nascidos. Mariângela ressaltou a importância de manter políticas de saúde baseadas em evidências científicas, defendendo a vacinação universal para recém-nascidos.
Avanços e Desafios
A vice-ministra também mencionou que o Brasil produz 90% dos medicamentos contra hepatite B e que 70% dos pacientes com hepatite C são tratados com genéricos, resultado de uma parceria público-privada. Apesar dos progressos, ela reconheceu os desafios, como a necessidade de adaptar estratégias para grupos vulneráveis.
Mariângela criticou as restrições impostas pelo governo dos Estados Unidos, que impediram a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na Assembleia. Ela afirmou que isso não é apenas uma retaliação, mas um ataque ao papel do Brasil na luta contra o negacionismo em saúde.
A reunião também contou com a participação de representantes de outros países, como o Egito, que destacou a importância da colaboração internacional na luta contra as hepatites. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reiterou que a estratégia global oferece um caminho claro para a eliminação das hepatites virais até 2030.