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Estudos revelam falhas na esterilização de materiais utilizados em cirurgias

Estudos apontam que 41% dos instrumentos cirúrgicos e 66,7% das cânulas de lipoaspiração apresentaram falhas após limpeza adequada.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Instrumentos cirúrgicos dispostos sobre uma superfície (Foto: Reprodução)
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  • Dois estudos realizados no Brasil apontaram falhas na esterilização de equipamentos cirúrgicos, comprometendo a segurança dos pacientes.
  • As pesquisas foram conduzidas por especialistas da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) em hospitais de São Paulo e Minas Gerais.
  • Um estudo revelou que 66,7% das cânulas de lipoaspiração apresentaram oxidação e resíduos após limpeza.
  • O segundo estudo, que avaliou mais de novecentos itens reutilizáveis, constatou que 41% dos instrumentos tinham manchas ou sinais de corrosão.
  • Especialistas alertam que a qualidade da água e dos detergentes pode ter contribuído para as falhas, aumentando o risco de infecções cirúrgicas.

Dois estudos realizados no Brasil revelaram falhas alarmantes na esterilização de equipamentos cirúrgicos, colocando em risco a segurança dos pacientes. As pesquisas, conduzidas por especialistas da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), analisaram a qualidade da limpeza em hospitais de São Paulo e Minas Gerais.

No primeiro estudo, que inspecionou cânulas de lipoaspiração em um hospital público, 66,7% dos instrumentos apresentaram oxidação e resíduos, mesmo após passarem por processos de limpeza com lavadora ultrassônica e autoclaves. O uso de um boroscópio, ferramenta de inspeção visual, revelou sujeira em instrumentos complexos, que frequentemente retêm detritos.

O segundo estudo, que avaliou mais de 900 itens reutilizáveis em três hospitais, constatou que 41% dos instrumentos tinham manchas ou sinais de corrosão. Os pesquisadores destacaram que a qualidade da água e dos detergentes utilizados pode ter contribuído para essas falhas, que podem resultar em infecções cirúrgicas e complicações pós-operatórias.

André Luiz Alvim, professor da UFJF e autor das pesquisas, enfatiza que não basta apenas limpar e esterilizar. É essencial garantir boas condições de armazenamento e realizar inspeções detalhadas. Ele alerta que biofilmes, formados por bactérias resistentes, podem sobreviver ao processo de esterilização, aumentando o risco de infecções.

A Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (Abimo) reforçou a importância de seguir as recomendações dos fabricantes e realizar o descarte adequado de materiais. Especialistas sugerem que as descobertas das pesquisas devem impulsionar a criação de políticas públicas que melhorem os processos de esterilização nos hospitais brasileiros.

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