- Uma idosa de 77 anos foi gravemente ferida por sete rottweilers em Gravataí, no Rio Grande do Sul, no último sábado.
- Os cães pertenciam à própria vítima e causaram mutilações severas, incluindo danos ao nariz, orelha e membros inferiores.
- A mulher está internada em estado crítico no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre.
- Este ataque é parte de um aumento de incidentes com cães no Brasil, que já registrou pelo menos seis casos graves ou fatais em 2023.
- Os rottweilers foram recolhidos pela Guarda Municipal após o ataque.
Uma idosa de 77 anos foi gravemente ferida por sete rottweilers em Gravataí, no Rio Grande do Sul, no último sábado. Os cães, que pertenciam à própria vítima, causaram mutilações severas, incluindo danos ao nariz, orelha e membros inferiores. A mulher está internada no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre, em estado crítico.
Este incidente é mais um na crescente onda de ataques de cães no Brasil, que já contabiliza pelo menos seis casos graves ou fatais em 2023. O médico Renato Fetter, que atendeu a idosa, relatou que ela perdeu a ponta do nariz e sofreu fraturas e mutilações. Os rottweilers foram recolhidos pela Guarda Municipal após o ataque.
Recentemente, outros ataques também chocaram o país. Um feirante de 63 anos morreu em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, após ser atacado por dois pitbulls que escaparam de um vizinho. Em Minas do Leão, um idoso de 68 anos foi atacado por quatro pitbulls e faleceu após cinco dias internado. Em Curitiba, um biólogo de 64 anos morreu após ser mordido pelo próprio cachorro.
Aumento de Ataques e Legislação
Os dados do Ministério da Saúde mostram que, apenas em janeiro de 2025, houve 131 atendimentos médicos por mordeduras de cães no Brasil. Entre 2021 e 2022, foram registradas 126 mortes relacionadas a ataques de cães. A legislação brasileira responsabiliza os tutores por danos causados por seus animais, exceto em casos de culpa da vítima.
Em São Paulo, normas exigem que cães de raças consideradas perigosas, como pitbulls e rottweilers, sejam conduzidos com coleira e guia. No Rio de Janeiro, a circulação de animais ferozes em locais públicos deve ser feita por maiores de 18 anos, com uso de focinheira. O descumprimento pode resultar em multas e apreensão dos animais.
Prevenção e Cuidados
Especialistas sugerem que a prevenção é a chave para evitar ataques. O adestrador Mauricio Rossi destaca a importância de uma rotina clara, socialização precoce e manejo adequado. Ele recomenda que os tutores eduquem as pessoas ao redor sobre como interagir com os cães, especialmente crianças e idosos.
Em situações de ataque, Rossi orienta que, se possível, um objeto pontiagudo pode ser usado para abrir a boca do animal, evitando que ele mantenha a mordida. Alternativas como asfixia momentânea com coleira também podem ser eficazes.
