- O Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas publicou novas diretrizes desencorajando o uso de Cannabis por mulheres grávidas e lactantes.
- As orientações alertam sobre riscos como partos prematuros e problemas neurocognitivos em crianças.
- O uso de Cannabis entre gestantes tem aumentado, com muitas buscando alívio para náuseas, mas não há evidências de eficácia.
- Estudos indicam que o uso pré-natal de Cannabis pode dobrar a incidência de baixo peso ao nascer e aumentar em cinquenta por cento o risco de partos prematuros.
- A triagem para Cannabis deve ser evitada, e a discussão sobre o uso da substância deve ser feita abertamente com as pacientes.
Mulheres grávidas ou lactantes devem evitar o uso de Cannabis, segundo novas diretrizes do Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas. Publicadas na sexta-feira, as orientações alertam sobre os riscos associados, como partos prematuros e problemas neurocognitivos em crianças.
O uso de Cannabis entre gestantes tem aumentado, com muitas mulheres buscando alívio para náuseas e outros sintomas. No entanto, a nova orientação destaca que não existem evidências que comprovem a eficácia da Cannabis para essas condições. Estudos recentes indicam que o uso pré-natal de Cannabis pode dobrar a incidência de baixo peso ao nascer e aumentar em 50% o risco de partos prematuros.
Além disso, a exposição à Cannabis durante a gravidez está ligada a problemas de atenção e controle de impulsos nas crianças, além de um risco elevado de transtornos como o déficit de atenção e hiperatividade. Pesquisas apontam que 4% a 16% das mulheres usam Cannabis durante a gestação, com taxas que chegam a 43% entre jovens de 19 a 22 anos.
O Colégio também recomenda que médicos evitem testes de triagem para Cannabis, preferindo discutir abertamente o uso da substância com as pacientes. A triagem deve ser universal para evitar preconceitos, especialmente contra mulheres negras e hispânicas, que são desproporcionalmente testadas.
Embora o uso de Cannabis durante a amamentação também seja desencorajado, as diretrizes afirmam que a amamentação deve continuar, pois os benefícios podem superar os riscos. A abordagem deve ser flexível, considerando a importância da amamentação para muitas mães.