- Jonathan Haidt, professor da NYU Stern School of Business, alerta sobre os riscos à saúde mental de crianças que usam smartphones e redes sociais.
- Em seu livro “A Geração Ansiosa”, ele relaciona o uso excessivo dessas tecnologias ao aumento de casos de ansiedade e depressão entre jovens, especialmente após a popularização do Instagram.
- Para mitigar esses problemas, Haidt propõe quatro normas, incluindo a proibição de celulares nas escolas, que já está sendo adotada em alguns estados dos Estados Unidos, como Nova York.
- As outras três normas são direcionadas aos pais: não permitir o uso de smartphones antes do ensino médio, restringir o acesso a redes sociais antes dos 16 anos e incentivar brincadeiras livres.
- Haidt sugere que os pais estabeleçam uma rotina equilibrada, incluindo uma tradição semanal chamada “Sexta-feira de Brincadeiras Livres”, para promover o desenvolvimento saudável das crianças.
Jonathan Haidt, professor da NYU Stern School of Business, alerta sobre os riscos à saúde mental de crianças expostas a smartphones e redes sociais. Em seu livro “A Geração Ansiosa”, ele destaca que o uso excessivo dessas tecnologias está associado ao aumento de casos de ansiedade e depressão entre jovens, especialmente após a popularização do Instagram em 2012 e 2013.
Para mitigar esses problemas, Haidt propõe quatro normas. A primeira sugere que as escolas adotem uma política de proibição de celulares. Vários estados dos EUA já estão implementando legislações nesse sentido, como Nova York, que, a partir do ano letivo de 2025-2026, banirá o uso de dispositivos eletrônicos pessoais durante o horário escolar.
Recomendações para Pais
As outras três normas são direcionadas aos pais. Haidt recomenda que crianças não utilizem smartphones antes do ensino médio, que não tenham acesso a redes sociais antes dos 16 anos e que sejam incentivadas a brincar livremente. Ele sugere que os pais criem uma rotina equilibrada, combinando atividades estruturadas com momentos de liberdade.
Haidt propõe que os jovens, especialmente entre 11 e 14 anos, tenham dias com atividades planejadas, como aulas de música ou esportes, mas também períodos sem telas. Ele sugere que os pais estabeleçam uma tradição semanal chamada “Sexta-feira de Brincadeiras Livres”, onde não haja atividades educativas programadas, permitindo que as crianças se reúnam para brincar ao ar livre.
A Importância do Brincar
O professor enfatiza que brincar sem a presença de telas é fundamental para o desenvolvimento saudável das crianças. Ele acredita que, ao promover essas interações, as famílias podem restaurar uma infância saudável, mesmo que as políticas públicas não avancem. A proposta de Haidt visa não apenas a saúde mental, mas também a construção de um ambiente social mais saudável para as novas gerações.