- Um estudo da Edith Cowan University revela que vegetais crucíferos, como brócolis e couve, ajudam a controlar o açúcar no sangue.
- A pesquisa foi publicada na revista Diabetes, Obesity and Metabolism e focou em adultos com hipertensão.
- Participantes consumiram quatro porções diárias de vegetais, divididos em grupos que incluíam crucíferos e tubérculos.
- Aqueles que ingeriram crucíferos apresentaram níveis de glicose mais estáveis e picos menores após as refeições.
- Especialistas destacam a importância de aumentar o consumo desses vegetais para melhorar a saúde e prevenir doenças.
Um novo estudo da Edith Cowan University (ECU) revela que vegetais crucíferos, como brócolis e couve, podem ser eficazes no controle do açúcar no sangue, especialmente em adultos com pressão alta. A pesquisa, publicada na revista Diabetes, Obesity and Metabolism, destaca a importância desses alimentos na prevenção de diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
Durante o estudo, adultos com hipertensão, mas sem diagnóstico de diabetes, consumiram quatro porções diárias de vegetais, divididos em dois grupos: um com crucíferos e outro com tubérculos e abóboras. Os participantes utilizaram monitores contínuos de glicose por duas semanas. Os resultados mostraram que aqueles que ingeriram crucíferos apresentaram níveis de glicose mais estáveis e picos menores após as refeições.
A doutoranda Emma Connolly, responsável pela pesquisa, enfatiza que o controle glicêmico é essencial para a saúde geral. Níveis estáveis de açúcar no sangue estão associados a um melhor bem-estar. Apesar dos resultados promissores, Connolly ressalta a necessidade de mais estudos para entender como esses vegetais podem ser integrados nas recomendações dietéticas.
A pesquisadora Lauren Blekkenhorst, também da ECU, aponta que apenas um em cada 15 adultos australianos atinge a recomendação mínima de ingestão de vegetais. Aumentar o consumo de brócolis, couve e repolho pode ser uma estratégia simples e eficaz para melhorar a saúde. O desafio é significativo, já que cerca de 541 milhões de pessoas no mundo apresentam controle glicêmico inadequado, elevando o risco de diabetes e doenças cardíacas. Na Austrália, os custos relacionados a essas condições podem ultrapassar AUD$ 18,7 bilhões até 2031.