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Violência provoca fechamento de unidades de saúde no Rio quase 700 vezes em 2023

Violência armada já causou 2.683 interrupções nos serviços de saúde em 2023, com fechamento de unidades em áreas de conflito entre facções.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Pacientes e equipe se protegem de disparos em consultório; buraco na parede e vidro quebrado na sala de espera (Foto: Reprodução)
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  • As Clínicas da Família e postos de saúde no Rio de Janeiro registraram 698 fechamentos devido à violência armada até setembro de 2023.
  • Um atendimento em uma clínica foi interrompido quando uma paciente retornou acompanhada de traficantes armados, que ameaçaram os funcionários.
  • O programa Acesso Mais Seguro reportou 2.683 episódios de violência que afetaram os serviços de saúde municipal em 2023, com uma média de dez ocorrências diárias.
  • A Clínica da Família Herbert de Souza, localizada na Zona Norte, é a mais afetada, com 55% dos fechamentos totais.
  • Autoridades de saúde e segurança pública discutem a situação, com a Secretaria de Estado de Segurança Pública reconhecendo a gravidade dos relatos.

Clínicas da Família no Rio enfrentam crescente violência e fechamentos frequentes

As Clínicas da Família e postos de saúde no Rio de Janeiro estão enfrentando um aumento alarmante na violência armada, resultando em 698 fechamentos até setembro de 2023. Este cenário reflete a insegurança que permeia as unidades de saúde, onde profissionais e pacientes vivem momentos de pânico.

Recentemente, um atendimento rotineiro em uma clínica foi interrompido quando uma paciente retornou acompanhada de traficantes armados, que ameaçaram os funcionários. Este incidente é apenas um dos muitos que ilustram a gravidade da situação. Em outra ocorrência, um hospital foi invadido por criminosos armados, que buscavam um homem baleado internado na unidade.

Impacto da Violência

Dados do programa Acesso Mais Seguro, criado em 2009, revelam que a violência impactou os serviços de saúde municipal em 2.683 ocasiões neste ano, com uma média de dez episódios diários. As Clínicas da Família na Zona Norte concentram 55% dos fechamentos totais, com a Clínica da Família Herbert de Souza sendo a mais afetada. Profissionais de saúde relatam que, durante os tiroteios, todos se abrigam em áreas internas, como corredores, até que a situação se normalize.

Os protocolos de segurança estabelecem quatro níveis de avaliação: verde (normal), amarelo (atividades externas canceladas), laranja (fechamento temporário) e vermelho (fechamento total). A situação se torna ainda mais crítica em áreas de conflito entre facções, como o Comando Vermelho e o Terceiro Comando Puro.

Resposta das Autoridades

Após a divulgação dos dados, houve um desentendimento público entre o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, e o secretário estadual de Segurança Pública, Victor Cesar. A Secretaria de Estado de Segurança Pública reconheceu a gravidade dos relatos e afirmou que está verificando a procedência das informações, que não constavam nos registros oficiais da polícia.

Profissionais de saúde expressam sua angústia diante da situação. Um médico relatou que, em meio a um tiroteio, helicópteros da polícia sobrevoaram a unidade, enquanto tentavam atender pacientes em condições extremas. A coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, Julita Lemgruber, destacou a necessidade urgente de diálogo entre as áreas de saúde e segurança, enfatizando que a violência é uma realidade cotidiana que precisa ser enfrentada.

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