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Brasileiros enfrentam alto risco de desinformação em saúde nas redes sociais

Desinformação em saúde afeta a confiança da população e requer educação e colaboração entre profissionais para combater notícias falsas.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Levantamentos apontam que o Brasil é um terreno fértil para o surgimento e a disseminação de notícias falsas (Foto: Reprodução)
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  • Em 2022, oitenta e oito por cento da população brasileira admitiu acreditar em fake news, um aumento em relação a sessenta e dois por cento em 2018.
  • A desinformação em saúde afeta a confiança em fontes confiáveis e se intensificou durante a pandemia de covid-19.
  • Especialistas afirmam que as pessoas tendem a acreditar em informações que confirmam suas crenças, especialmente quando vêm de figuras de autoridade.
  • A revista The Lancet destaca que a desinformação prejudica a saúde pública e recomenda a educação da população para reconhecer informações falsas.
  • Profissionais de saúde sugerem verificar a data de publicações, ler matérias completas e consultar fontes oficiais para combater a desinformação.

Fake news continuam a ser um desafio significativo no Brasil, onde 88% da população admitiu acreditar em informações falsas em 2022, um aumento alarmante em relação aos 62% registrados em 2018. A desinformação, especialmente em saúde, tem se tornado um problema complexo que afeta a confiança em fontes confiáveis.

A pandemia de covid-19 exacerbava a situação, com a desinformação se espalhando rapidamente. Especialistas, como Ana Carolina Monari, doutora em Informação e Comunicação em Saúde, afirmam que as pessoas tendem a acreditar em conteúdos que alinham-se com suas crenças, muitas vezes respaldados por figuras de autoridade. O psicólogo Daniel Gontijo destaca que a repetição de notícias falsas aumenta sua credibilidade aparente, criando o chamado efeito da verdade ilusória.

A Percepção da Desinformação

Um editorial da revista The Lancet enfatiza que a desinformação é utilizada como ferramenta para desacreditar cientistas e profissionais de saúde, com efeitos prejudiciais à saúde pública. Para combater esse fenômeno, é necessário um esforço sistemático que envolva a identificação de fontes e a educação da população sobre como reconhecer informações falsas.

A cartilha “Desinformação sobre Saúde: Vamos Enfrentar Esse Problema?”, desenvolvida pela Fiocruz e pela Universidade Federal Fluminense, compara a desinformação a um vírus, ressaltando que a prevenção é a melhor estratégia. Profissionais de saúde recomendam evitar influenciadores que oferecem soluções simplistas para problemas complexos, pois isso pode levar a decisões erradas e, em casos extremos, a riscos à vida.

Estratégias de Combate

Para verificar a veracidade de uma notícia, a cardiologista Aurora Issa sugere algumas práticas: verificar a data da publicação, ler a matéria completa e consultar fontes oficiais, como o Ministério da Saúde. Além disso, é fundamental que médicos e jornalistas colaborem para fornecer informações claras e acessíveis ao público.

A educação da população sobre como identificar fontes confiáveis é crucial. A construção de pontes entre a ciência e a mídia é essencial para garantir que a informação correta chegue ao público. A pandemia demonstrou que o jornalismo profissional pode ser um aliado na luta contra a desinformação, evitando que a situação se agrave ainda mais.

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