- María Branyas Morera, nascida em quatro de março de mil novecentos e sete, é a pessoa mais velha do mundo e sobreviveu à Covid-19 em dois mil e vinte.
- Cientistas analisaram amostras biológicas dela, revelando fatores que contribuem para sua longevidade.
- O estudo, publicado na revista Cell Reports Medicine, foi liderado por Manel Esteller, do Instituto de Pesquisa sobre Leucemia Josep Carreras, e envolveu cerca de quarenta pesquisadores.
- Os resultados mostraram que, apesar de telômeros encurtados, María possui um sistema imunológico forte e um microbioma jovem, o que compensa os efeitos negativos dos telômeros.
- Os pesquisadores destacaram que a combinação de um sistema imunológico eficiente e um microbioma saudável pode estar relacionada ao estilo de vida equilibrado de María.
María Branyas Morera, nascida em 4 de março de 1907, é a pessoa mais velha do mundo, tendo superado uma infecção por Covid-19 em 2020. Recentemente, cientistas analisaram amostras biológicas dela, revelando segredos de sua longevidade.
O estudo, publicado na revista Cell Reports Medicine, envolveu cerca de 40 pesquisadores e foi liderado por Manel Esteller, do Instituto de Pesquisa sobre Leucemia Josep Carreras. Os cientistas coletaram amostras de saliva, sangue, urina e fezes de María, permitindo uma análise multi-ômica, que inclui o estudo do genoma, microbioma e epigenômica.
Os resultados mostraram que, apesar de telômeros encurtados, que eram até 40% mais curtos do que a média, María possuía um sistema imunológico excepcional. Esteller destacou que suas células de defesa eram eficientes em combater infecções sem causar inflamações típicas de doenças autoimunes.
Além disso, a análise do microbioma de María revelou um perfil semelhante ao de pessoas jovens, indicando um metabolismo lipídico eficiente e ausência de problemas arteriais. Os pesquisadores também notaram que sua função mitocondrial era excepcional, contribuindo para a eliminação de radicais livres.
Iñaki Martin-Subero, da Instituição Catalã de Pesquisa e Estudos Avançados, ressaltou que a combinação de um sistema imunológico forte e um microbioma saudável compensou os efeitos negativos dos telômeros encurtados. O estudo, embora abrangente, tem limitações, pois se baseia em um único caso, o que não permite generalizações sobre outros centenários.
Os cientistas acreditam que a longevidade de María pode estar relacionada não apenas à sua biologia, mas também ao seu estilo de vida equilibrado e à forma como lidou com as adversidades ao longo de sua vida.