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Pesquisadores iniciam testes em humanos de derivado de gergelim para AVC

Fitoterápico ST-165 pode reduzir sequelas do AVC e está em fase de testes clínicos após resultados promissores em modelos animais.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Médicos analisam imagem do cérebro (Foto: Reprodução)
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  • O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte no Brasil, com mais de 400 mil casos anuais.
  • Um novo fitoterápico chamado ST-165, derivado do gergelim, demonstrou eficácia em reduzir lesões cerebrais em modelos animais.
  • O professor Walace Gomes Leal, da Universidade Federal do Oeste do Pará, lidera a pesquisa e encontrou no gergelim um potencial promissor.
  • O ST-165 mostrou redução de 40% no volume de infarto e efeitos preventivos quando administrado antes do AVC.
  • O projeto já recebeu R$ 3,6 milhões em investimentos e busca entre R$ 10 milhões e R$ 15 milhões para a fase clínica.

O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte no Brasil, com mais de 400 mil casos anuais e cerca de 80 mil mortes. Um novo fitoterápico, chamado ST-165, derivado do gergelim, promete revolucionar o tratamento dessa condição. O extrato demonstrou eficácia em reduzir lesões cerebrais em modelos animais e está prestes a ser testado em humanos.

O professor Walace Gomes Leal, da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), lidera a pesquisa. Ele buscou neuroprotetores naturais na biodiversidade amazônica e encontrou no gergelim um potencial promissor. Em experimentos, ratos tratados com o ST-165 apresentaram redução significativa das lesões e melhora nas funções motoras. Além disso, o fitoterápico mostrou efeitos preventivos quando administrado antes da indução do AVC.

Eficácia e Segurança

O ST-165 é composto por um conjunto de moléculas do óleo de gergelim, especialmente as lignanas, que atuam em sinergia. Essa abordagem contrasta com tentativas anteriores de desenvolver neuroprotetores sintéticos, que frequentemente falharam em testes clínicos. Os resultados pré-clínicos, realizados no Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos (Cienp), indicam que o ST-165 reduz a inflamação e a morte celular, com um volume de infarto cerca de 40% menor em animais tratados.

A validação da segurança do fitoterápico é um passo crucial antes de solicitar à Anvisa a autorização para ensaios clínicos em humanos. O projeto já recebeu R$ 3,6 milhões em investimentos, com apoio da Embrapii e da startup Neuroprotect. Para avançar, a equipe busca investidores para financiar a fase clínica, que pode custar entre R$ 10 e 15 milhões.

Perspectivas Futuras

A neurologista Gisele Sampaio, do Einstein Hospital Israelita, destaca a importância de um neuroprotetor eficaz, especialmente considerando que muitos pacientes ainda enfrentam sequelas após o tratamento do AVC isquêmico. O ST-165 pode ser um divisor de águas nesse campo, caso os ensaios clínicos confirmem os resultados observados em animais. A expectativa é que, se os testes forem bem-sucedidos, o interesse de investidores aumente significativamente.

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