- Os hospitais da rede municipal do Rio de Janeiro atenderam 20.775 vítimas de acidentes com motocicletas até a última semana, um aumento de 60% em relação ao ano anterior.
- Esse número representa cerca de 80 casos diários nas unidades de urgência e emergência.
- Em 2024, o município já gastou R$ 130 milhões no tratamento de motociclistas acidentados, com 40% das cirurgias ortopédicas de urgência relacionadas a esses acidentes.
- Fatores como falta de capacete, alta velocidade e uso de celular têm contribuído para o aumento dos acidentes.
- Na Linha Amarela, foram registrados 403 acidentes com motociclistas nos primeiros oito meses do ano, resultando em três mortes.
Os hospitais da rede municipal do Rio de Janeiro registraram 20.775 atendimentos a vítimas de acidentes com motocicletas até a última semana, um aumento de 60% em relação ao ano anterior. Essa média representa cerca de 80 casos diários nas unidades de urgência e emergência da prefeitura. O crescimento no número de acidentes levou a um aumento na capacidade de atendimento, com o Hospital Municipal Barata Ribeiro, na Mangueira, inaugurando um setor com 25 vagas para vítimas de trânsito.
Em 2024, o município já gastou R$ 130 milhões no tratamento de motociclistas acidentados. O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, destacou que 40% das cirurgias ortopédicas de urgência estão relacionadas a esses acidentes, sendo que 82% deles envolvem motocicletas. Soranz classificou a situação como um aumento exponencial, sem precedentes.
Fatores Contribuintes
Profissionais de saúde apontam que a falta de capacete, a alta velocidade e o uso de celular são fatores que têm contribuído para o aumento dos acidentes. Além disso, em 2023, 57 pessoas sofreram amputações devido a acidentes de trânsito na rede municipal, enquanto a violência armada resultou em dez amputações. Na Linha Amarela, uma das principais vias expressas do Rio, foram registrados 403 acidentes com motociclistas nos primeiros oito meses do ano, um aumento de 30% em relação ao mesmo período do ano anterior, resultando em três mortes.
Outro dado alarmante é o número de atropelamentos: em seis meses, foram 1.219 vítimas, embora esse número represente uma queda de 15% em comparação ao primeiro semestre do ano passado. A situação do trânsito no Rio de Janeiro continua a ser uma preocupação crescente, exigindo atenção das autoridades e da sociedade.
