- A vice-ministra da Saúde, Mariângela Simão, destacou o avanço no diagnóstico precoce do câncer do colo do útero na reunião da ONU em Nova York.
- O Brasil aprovou o teste molecular de DNA do HPV, que detecta 14 genótipos do vírus, substituindo a citologia.
- O teste molecular é produzido nacionalmente e destinado a mulheres de 25 a 64 anos, permitindo ampliar o intervalo entre testagens para cinco anos.
- A vacinação contra o HPV foi introduzida em 2014 e oferecida de forma universal e gratuita a meninas e meninos de 9 a 14 anos, e mais recentemente para 15 a 19 anos.
- O Brasil reforça a importância da cooperação internacional para ampliar o acesso a vacinas e tecnologias, alinhado à estratégia da OMS de eliminação do câncer do colo do útero.
Brasil destaca avanços no diagnóstico e prevenção do câncer do colo do útero
Na reunião da ONU em Nova York, a vice-ministra da Saúde, Mariângela Simão, destacou o avanço no diagnóstico precoce do câncer do colo do útero, com a aprovação do teste molecular de DNA do HPV, que detecta 14 genótipos do vírus. O Brasil também reforçou a importância da cooperação internacional para ampliar o acesso a vacinas e tecnologias.
Teste molecular de DNA do HPV
O Brasil está substituindo a citologia pelo teste molecular de DNA do HPV, que detecta 14 genótipos do vírus. Produzido nacionalmente, o exame é destinado a mulheres de 25 a 64 anos e permitirá ampliar o intervalo entre testagens para cinco anos. “Este é um passo decisivo para o diagnóstico e tratamento precoce e uma ferramenta essencial para reduzir filas na atenção especializada e salvar vidas”, reforçou Mariângela.
Vacinação contra o HPV
A vacinação contra o HPV foi introduzida em 2014 e oferecida de forma universal e gratuita a meninas e meninos de 9 a 14 anos, e mais recentemente para 15 a 19 anos, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Brasil já ampliou a oferta para populações em maior risco, incluindo pessoas vivendo com HIV, imunossuprimidos, sobreviventes de violência sexual e usuários de PrEP.
Cooperação internacional
Mariângela destacou que o Brasil reafirma seu compromisso com o acesso universal à prevenção e ao tratamento, alinhado à estratégia da Organização Mundial da Saúde (OMS) de eliminação do câncer do colo do útero. O país defende maior cooperação internacional para assegurar financiamento sustentável, transferência de tecnologia e equidade no acesso à inovação.
Desafios e soluções
Apesar do progresso, desafios como a baixa cobertura vacinal (82% entre as meninas e apenas 67% dos meninos) e a desinformação persistem. Em resposta, o Brasil aderiu à estratégia de dose única para adolescentes, alinhada às recomendações da OMS, e vem ampliando parcerias com sociedades científicas e movimentos sociais para fortalecer a confiança da população.
Parceria para o desenvolvimento produtivo
Outro avanço é a Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) entre o Instituto Butantan e a MSD, que visa alcançar a produção integral da vacina contra o HPV no país. “O caminho para eliminar o câncer do colo do útero passa por vacina, diagnóstico e tratamento oportuno. Estamos prontos para avançar com nossos parceiros globais”, concluiu Mariângela Simão.