- O ortopedista Marcos Musafir lançou a campanha “Na moto não mate, não morra” para reduzir acidentes de trânsito com motociclistas no Brasil.
- Musafir, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, destaca que a ortopedia se tornou uma “especialidade de guerra” devido ao aumento de traumas.
- Ele propõe a criação do Plano Nacional de Redução de Acidentes com Motos (Pnamotos) para complementar o Plano Nacional de Redução de Vítimas de Trânsito (Pnatrans).
- O ortopedista alerta que 92% dos acidentes são causados por falhas humanas e enfatiza a importância da conscientização desde a venda de motos.
- Em hospitais, como o Estadual Alberto Torres, são realizadas cerca de 300 cirurgias mensais para tratar vítimas de acidentes de moto, consumindo recursos que poderiam ser usados em outros tratamentos.
Marcos Musafir, ortopedista e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, lançou a campanha “Na moto não mate, não morra”. O objetivo é reduzir os altos índices de acidentes de trânsito envolvendo motociclistas no Brasil, que se tornaram uma preocupação crescente.
Musafir, que atuou como chefe da emergência do Hospital Municipal Miguel Couto na década de 1990, tem experiência em lidar com traumas graves. Ele destaca que a ortopedia se transformou em uma “especialidade de guerra” devido ao aumento de vítimas de acidentes de moto. “Precisamos de uma ‘vacina’ para os acidentes envolvendo motociclistas”, afirma o ortopedista, enfatizando a necessidade de conscientização e prevenção.
A campanha propõe a criação do Plano Nacional de Redução de Acidentes com Motos (Pnamotos), que complementará o já existente Plano Nacional de Redução de Vítimas de Trânsito (Pnatrans). Musafir alerta que 92% dos acidentes são causados por falhas humanas, e a falta de conscientização é um dos principais fatores. Ele observa que, durante a pandemia, o aumento do uso de motos para entregas contribuiu para o crescimento desordenado do número de motociclistas nas ruas.
Consequências dos Acidentes
Os acidentes de moto resultam em lesões graves, como fraturas múltiplas e politraumatismos, que exigem cirurgias complexas e prolongadas. Musafir menciona que, em hospitais como o Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo, são realizadas cerca de 300 cirurgias mensais para tratar vítimas de acidentes de moto. “Estamos consumindo recursos que deveriam ser destinados a outros tratamentos”, alerta.
O ortopedista sugere que a conscientização deve começar na venda de motos, com alertas sobre os riscos. Ele propõe que os aplicativos de entrega incluam informações sobre segurança e que motociclistas sejam valorizados e respeitados. “Qualquer acidente de trânsito é evitável”, conclui Musafir, ressaltando a importância de uma mudança cultural em relação à segurança no trânsito.
