- O uso de paracetamol durante a gravidez voltou a ser questionado após declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que sugeriu uma possível ligação entre o medicamento e o autismo.
- Trump recomendou que gestantes evitassem o uso do analgésico, gerando preocupação entre mulheres grávidas.
- Médicos, como a pediatra Rana Alissa, relataram um aumento nas consultas de gestantes preocupadas com a segurança do Tylenol.
- Organizações de saúde, incluindo o American College of Obstetricians and Gynecologists e o fabricante Kenvue, criticaram as afirmações de Trump, reafirmando que não há evidências conclusivas sobre a relação entre paracetamol e autismo.
- A médica Sindhu Srinivas destacou que as advertências de Trump aumentaram a ansiedade entre as gestantes, que já se sentem culpadas por tomar medicamentos durante a gravidez.
CHICAGO (Reuters) – O uso de paracetamol durante a gravidez voltou a ser tema de preocupação após declarações do presidente dos EUA, Donald Trump. Em uma coletiva na Casa Branca, Trump sugeriu uma possível ligação entre o medicamento e o autismo, pedindo que gestantes evitassem seu uso. Essa afirmação gerou inquietação entre mulheres grávidas, que começaram a questionar médicos sobre a segurança do analgésico.
Médicos, como a pediatra Rana Alissa, relataram um aumento nas consultas de gestantes preocupadas com o uso do Tylenol. “Elas perguntam se é seguro e se já fizeram mal ao bebê”, afirmou Alissa. A ginecologista-obstetra Rachel Blake, de Nova York, reiterou que não há novas pesquisas que justifiquem uma mudança nas diretrizes sobre o uso do paracetamol.
Respostas das Autoridades de Saúde
Organizações de saúde, incluindo o American College of Obstetricians and Gynecologists e o fabricante do Tylenol, Kenvue, criticaram as declarações de Trump. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA e a Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA) reafirmaram que não há evidências conclusivas ligando o uso do medicamento ao autismo.
A médica Sindhu Srinivas, presidente da Society for Maternal-Fetal Medicine, destacou que as advertências de Trump aumentaram a ansiedade entre as gestantes. “Elas já se sentem culpadas por tomar qualquer medicação durante a gravidez”, disse. Autoridades de saúde da União Europeia e da Organização Mundial da Saúde também se apressaram em esclarecer que não há relação causal estabelecida entre o paracetamol e o autismo.