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Motociclistas e camelôs ocupam passarelas de vias expressas no Rio de Janeiro

Mais de 30 pessoas atravessam a Avenida Brasil a cada 15 minutos, enquanto a fiscalização aplicou apenas 199 multas em 2023.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Passarela na saída do metrô de Vicente de Carvalho ocupada por camelôs, gerando desordem (Foto: Reprodução)
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  • As passarelas da Avenida Brasil, instaladas na década de 1970, enfrentam uso inadequado por motociclistas e camelôs.
  • Um estudo da ViaRio indica que mais de 30 pessoas atravessam a via expressa a cada 15 minutos, colocando a segurança em risco.
  • A fiscalização é insuficiente, com apenas 199 multas aplicadas em 2023.
  • Vistoria do Tribunal de Contas do Município em 2023 revelou infiltração ou corrosão em 28 das 41 passarelas inspecionadas.
  • A Secretaria Municipal de Ordem Pública anunciou intensificação das ações de fiscalização e lançou campanhas educativas para promover o uso das passarelas.

Passarelas da Avenida Brasil: Segurança em Risco e Desafios de Fiscalização

As passarelas da Avenida Brasil, instaladas na década de 1970 para proteger pedestres, enfrentam sérios problemas de uso inadequado. Um estudo da ViaRio revela que mais de 30 pessoas atravessam a via expressa a cada 15 minutos, desafiando a segurança em uma pista onde os veículos atingem até 80 km/h. A fiscalização é considerada insuficiente, com apenas 199 multas aplicadas em 2023.

Motociclistas e camelôs têm tomado conta das passarelas, que deveriam ser exclusivamente para pedestres. A situação é alarmante, pois muitos optam por atravessar a pista em vez de usar as estruturas, que, apesar de mais seguras, levam em média um minuto e 15 segundos para serem cruzadas, contra dois minutos e 25 segundos na pista. Vagner Tavares Neves, gerente de Operações da ViaRio, destaca que o impacto de um atropelamento a essa velocidade é devastador.

Condições das Passarelas

Além do uso inadequado, as passarelas também estão em condições precárias. Uma vistoria do Tribunal de Contas do Município (TCM-RJ) em 2023 identificou sinais de infiltração ou corrosão em 28 das 41 passarelas inspecionadas. As estruturas em Vicente de Carvalho e Pavuna, por exemplo, estão repletas de barracas de camelôs, dificultando a passagem dos pedestres. Priscila Nascimento, diarista da Pavuna, relata que, em algumas ocasiões, prefere atravessar pela pista para evitar os obstáculos.

A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) já realizou operações para remover camelôs, como na passarela da estação Mato Alto do BRT, onde foram apreendidas 15 carrocinhas ilegais. Contudo, a fiscalização ainda é considerada limitada. Armando de Souza, especialista em legislação de trânsito, aponta que a aplicação das leis é fundamental, mas a falta de estrutura dificulta a efetividade das ações.

Campanhas e Futuras Ações

Na Semana Nacional do Trânsito, a ViaRio lançou uma campanha para incentivar o uso das passarelas. O Código Brasileiro de Trânsito prevê multas para quem não respeita as regras, mas a aplicação é rara. A Seop anunciou que intensificará as ações de fiscalização e pede que a população denuncie irregularidades pelo telefone 1746. A Guarda Municipal mantém patrulhamento diário, enquanto a CET-Rio planeja novas campanhas educativas.

A situação das passarelas da Avenida Brasil reflete um desafio complexo de segurança viária, uso adequado e fiscalização. A conscientização da população e a efetividade das ações governamentais são essenciais para garantir a segurança dos pedestres.

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