Especialistas estabelecem limites seguros de uso da internet para jovens
Vídeo de influenciador sobre exploração de menores mobiliza discussão e propostas para segurança nas redes sociais para crianças e adolescentes

Foto: Reprodução
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O vídeo "Adultização", criado pelo influenciador digital Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, gerou uma onda de discussões sobre a exploração de menores nas redes sociais. Lançado no início de agosto, o conteúdo alcançou mais de 40 milhões de visualizações em apenas dez dias, levando políticos a considerar propostas para tornar o ambiente virtual mais seguro para crianças e adolescentes.
No vídeo, Felca denuncia o influenciador Hytalo Santos por práticas que, segundo ele, expõem menores a riscos. A repercussão do material trouxe à tona a necessidade de supervisão no uso de telas, um tema que já preocupa especialistas. O psiquiatra Jonathan Marcolini, do hospital Beneficência Portuguesa, destaca que a internet não é um espaço seguro para crianças sem a devida orientação. Ele afirma que, ao deixá-las navegar sem supervisão, os adultos as colocam em um "mar aberto".
Riscos Associados
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) já havia alertado sobre os perigos do uso excessivo de telas. Em um manual de 2020, recomenda que crianças de até dois anos não sejam expostas a telas, enquanto aquelas entre 2 e 5 anos devem ter um limite de uma hora diária. Para crianças de 6 a 10 anos, o tempo recomendado é de duas horas, e para adolescentes de 11 a 17 anos, três horas.
A psicóloga Isabel da Silva Kahn Marin reforça a importância da curadoria do conteúdo consumido pelas crianças. Ela argumenta que, assim como os pais escolhem livros, devem também selecionar o que os filhos veem na internet. A interação presencial é essencial nessa fase da vida, e o uso indiscriminado de tecnologia pode levar a problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão.
Ações Necessárias
Marcolini aponta que o uso descontrolado de telas está ligado a diversos problemas, incluindo baixa autoestima e isolamento social. No entanto, ele acredita que é possível reverter essa situação com planejamento e comprometimento dos responsáveis. A conscientização dos adultos sobre os riscos da internet é fundamental para proteger as crianças.
A viralização do vídeo de Felca pode ser vista como um chamado à ação. A discussão em torno da segurança nas redes sociais para menores está mais viva do que nunca, e a responsabilidade recai sobre os adultos para garantir um ambiente virtual mais seguro.
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