Lilly Farmacêutica lança novo medicamento inovador para tratamento de doenças raras
Crença errônea sobre a perda de memória pode atrasar diagnósticos de Alzheimer e agravar o quadro de milhões de brasileiros afetados

Estigma faz paciente adiar busca por tratamento para Alzheimer (Foto: Henrique Assale/Estúdio Folha)
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Crença de que perda de memória é normal no envelhecimento pode atrasar diagnósticos de Alzheimer
Uma pesquisa do Datafolha revela que 68% dos brasileiros acreditam que a perda de memória é uma parte natural do envelhecimento. Contudo, especialistas alertam que esse déficit cognitivo pode ser um sinal de doenças como o Alzheimer, que já afeta quase 2 milhões de pessoas no Brasil. O subdiagnóstico é alarmante, com 80% dos casos não detectados, o que pode atrasar o tratamento em fases iniciais.
A ideia equivocada de que esquecer é normal na velhice pode levar a um atraso na busca por ajuda médica. Luiz André Magno, diretor médico sênior da farmacêutica Lilly do Brasil, destaca que o estigma e o etarismo dificultam a identificação precoce da doença. Uma pesquisa da Alzheimer’s Disease International mostra que 65% dos profissionais de saúde também acreditam que a demência é parte do envelhecimento.
Desafios no Diagnóstico
O Brasil apresenta um dos maiores índices de subdiagnóstico do mundo, com 95% dos casos não detectados na região Norte. A geriatra Celene Pinheiro, presidente da Associação Brasileira de Alzheimer, aponta que a falta de especialistas e a demora em exames dificultam o diagnóstico. A doença de Alzheimer representa de 60% a 70% dos casos de demência.
O diagnóstico é realizado por meio de avaliações clínicas e testes cognitivos, além de exames laboratoriais e de imagem. Testes com biomarcadores são promissores, mas ainda não são amplamente acessíveis, pois não são cobertos por planos de saúde ou pelo SUS. A Política Nacional de Cuidado Integral às Pessoas com Doença de Alzheimer, aprovada em 2023, é um passo importante, mas ainda precisa ser regulamentada.
Aumento da Prevalência
Com o envelhecimento da população, estima-se que até 2050, um terço dos brasileiros terá mais de 60 anos. A demência já custa US$ 1,3 trilhão à economia mundial. Magno ressalta que diminuir a evolução da doença é crucial, pois os custos aumentam significativamente à medida que a condição avança.
Celene Pinheiro recomenda que pacientes e familiares fiquem atentos aos primeiros sinais, como dificuldades em lembrar palavras ou executar tarefas cotidianas. Identificar esses sinais precocemente pode permitir intervenções que atrasem ou evitem o quadro demencial, mesmo sem cura para a doença.
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