- OpenAI, Microsoft e Anthropic anunciaram uma parceria de $23 milhões com sindicatos de professores.
- A iniciativa, chamada National Academy for AI Instruction, começará neste outono em Nova York.
- O objetivo é treinar educadores em técnicas de ensino utilizando inteligência artificial.
- Apesar do investimento, há resistência entre educadores, que expressam preocupações sobre o impacto da IA na aprendizagem.
- A American Federation of Teachers e a United Federation of Teachers liderarão a academia, buscando influenciar a formação de professores em larga escala.
OpenAI, Microsoft e Anthropic firmam parceria de $23 milhões com sindicatos de professores para capacitar educadores no uso de IA nas salas de aula. A iniciativa, chamada de National Academy for AI Instruction, terá início neste outono em Nova York e visa treinar professores em técnicas de ensino e planejamento de aulas utilizando inteligência artificial.
Apesar do investimento significativo, a aceitação da IA na educação enfrenta resistência. Muitos educadores e especialistas expressam preocupações sobre o impacto da tecnologia na aprendizagem e no desenvolvimento do pensamento crítico dos alunos. Um estudo da Harvard Graduate School of Education revelou que, embora os estudantes utilizem IA para explorar ideias e esclarecer dúvidas, também a empregam para trapaças.
A resistência é evidente, com centenas de educadores assinando uma carta aberta contra a adoção massiva de ferramentas de IA. Helen Choi, professora da Universidade do Sul da Califórnia, destaca a necessidade de uma análise crítica das ferramentas disponíveis, enfatizando que a segurança e a ética devem ser prioridades antes da implementação.
A nova academia será liderada pela American Federation of Teachers e pela United Federation of Teachers, que representam milhões de educadores. A expectativa é que, ao conquistar esses grupos, as empresas de tecnologia possam influenciar a formação de professores em larga escala. No entanto, a falta de evidências claras sobre os benefícios da IA na educação gera ceticismo.
Christopher Harris, um educador que desenvolveu um currículo focado em alfabetização em IA, sugere que o treinamento deve capacitar os professores a entenderem a tecnologia, evitando uma dependência excessiva de ferramentas prontas. Ele alerta que a avaliação de alunos precisará ser revista para lidar com as novas dinâmicas trazidas pela IA.
A iniciativa representa um passo importante, mas o debate sobre a eficácia e a ética do uso de IA nas salas de aula continua. As empresas envolvidas buscam não apenas promover a educação, mas também expandir seu mercado, levantando questões sobre a verdadeira motivação por trás dessa parceria.