CotidianoTecnologia

15 de ago 2025

Conhecimento indígena se une à inteligência artificial para novas soluções

Artistas indígenas utilizam tecnologia para reafirmar a cultura e promover a soberania de dados, criando novas interações e experiências artísticas

Kite, Wicincila Sakowin (2023) - Cortesia do artista

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A Nova Fronteira da Arte Indígena

Artistas indígenas estão redefinindo a relação entre arte e tecnologia, desafiando a visão tradicional que separa esses elementos. Suzanne Kite, Raven Chacon e Nicholas Galanin são protagonistas dessa transformação, criando obras que integram cultura e tecnologia de forma inovadora.

A arte nas culturas indígenas não é vista como um objeto isolado, mas como uma prática que envolve ação e intenção. Em muitas línguas nativas, como o Lakota, não existe uma palavra específica para arte, refletindo a ideia de que ela é parte da vida cotidiana e da espiritualidade. Kite, Chacon e Galanin utilizam essa perspectiva para questionar os modelos extrativos da tecnologia contemporânea.

Suzanne Kite, artista Oglala Lakota, desenvolve instalações de arte com inteligência artificial que promovem a soberania de dados. Suas obras exigem a presença física do espectador, criando uma interação recíproca. "É meu dado. Eu sei exatamente o que fiz para treiná-lo", afirma Kite, enfatizando a importância de um modelo de consentimento.

Conexões e Interações

Raven Chacon, artista Diné e vencedor do Prêmio Pulitzer, explora a acústica de espaços históricos em suas composições. Sua obra "Voiceless Mass" utiliza frequências eletrônicas que interagem com a arquitetura, criando uma experiência sonora única que respeita a presença consentida dos espectadores.

Nicholas Galanin, artista Tlingít, questiona a relação entre cultura e tecnologia em suas instalações. Sua obra "Aáni yéi xat duwasáakw" utiliza um tambor mecânico que representa a tensão entre a automação e a memória cultural. Galanin destaca que a tecnologia indígena sempre esteve presente na construção da infraestrutura americana.

Esses artistas não buscam apenas inclusão nos sistemas tecnológicos atuais, mas estão criando novas formas de interação que respeitam a ancestralidade e a reciprocidade. A arte indígena, portanto, não é um mero reflexo do passado, mas uma construção ativa do futuro.

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