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Igrejas utilizam dados e inteligência artificial para monitoramento e controle

Gloo integra dados pessoais e de saúde em análises, gerando preocupações sobre privacidade e ética nas práticas religiosas.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Um sacerdote no púlpito feito de racks de servidores com uma cruz cristã. (Foto: Michael Byers)
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  • A Gloo, empresa de tecnologia para o setor religioso, integrou dados pessoais e de saúde em suas análises, gerando preocupações sobre privacidade.
  • Igrejas em megacidades dos Estados Unidos estão utilizando reconhecimento facial para monitorar a presença dos fiéis.
  • A Gloo possui contratos com mais de 100 mil igrejas e coleta informações sobre frequência, doações e interações dos membros.
  • A empresa recebeu um investimento de R$ 110 milhões em 2024 para expandir suas operações e desenvolver ferramentas de inteligência artificial.
  • Especialistas alertam sobre a falta de regulamentação em vigilância biométrica e o uso de dados sensíveis, como informações de saúde.

Recentemente, a Gloo, uma empresa de tecnologia voltada para o setor religioso, tem gerado discussões sobre a interseção entre fé e vigilância. A empresa integrou dados pessoais e de saúde em suas análises, levantando preocupações sobre privacidade nas congregações.

Em megacidades dos EUA, muitas igrejas estão adotando tecnologias avançadas, como reconhecimento facial, para monitorar a presença dos fiéis. Câmeras de alta velocidade capturam imagens que são processadas em tempo real, permitindo que as igrejas identifiquem membros e até mesmo aqueles que estão em listas de vigilância. Essa prática, embora promova segurança, levanta questões éticas sobre a transparência e o consentimento dos congregantes.

A Gloo, fundada em 2013, já possui contratos com mais de 100 mil igrejas e se posiciona como uma plataforma de análise de dados para o ecossistema de fé. A empresa coleta informações sobre frequência, doações e interações dos membros, utilizando esses dados para segmentar e direcionar campanhas de engajamento. Com um investimento estratégico de 110 milhões de dólares em 2024, a Gloo expandiu suas operações, integrando ferramentas que vão desde a distribuição automatizada de sermões até chatbots impulsionados por inteligência artificial.

Preocupações com a Privacidade

A coleta de dados sensíveis, incluindo informações de saúde e comportamentais, tem gerado críticas. Especialistas alertam que a falta de regulamentação sobre a vigilância biométrica pode resultar em abusos. A Gloo, por exemplo, utiliza dados de saúde para identificar indivíduos vulneráveis, direcionando-os para grupos de apoio e, potencialmente, para conversões religiosas.

Além disso, a empresa tem parcerias com organizações como a Barna Group, que fornece dados comportamentais sobre comunidades de fé. Essa colaboração permite uma análise mais profunda das necessidades dos congregantes, mas também levanta questões sobre como essas informações são utilizadas e compartilhadas.

O Futuro da Tecnologia nas Igrejas

À medida que a tecnologia avança, a Gloo busca moldar o futuro do ministério digital. A empresa está desenvolvendo ferramentas de inteligência artificial que prometem transformar a forma como as igrejas se conectam com seus membros. No entanto, a implementação dessas tecnologias deve ser acompanhada de um debate ético sobre a privacidade e o consentimento dos fiéis.

Com a crescente adoção de tecnologias de vigilância nas igrejas, a necessidade de regulamentações claras se torna cada vez mais urgente. A proteção dos dados pessoais dos congregantes deve ser uma prioridade, garantindo que a fé e a tecnologia possam coexistir de maneira ética e respeitosa.

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