Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?
Entrar

Especialistas alertam sobre os perigos da adultização digital entre crianças e adolescentes

Estudo revela que 40% dos pais brasileiros afirmam que filhos usam IA para apoio emocional, levantando preocupações sobre adultização digital

Telinha
Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Foto: Reprodução
0:00 0:00
  • Quarenta por cento dos pais brasileiros afirmam que seus filhos utilizam Inteligência Artificial (IA) para apoio emocional.
  • Um estudo revela que 44% dos bebês até dois anos acessam a internet e o uso de IA entre crianças de três a cinco anos aumentou de 26% para 71% na última década.
  • Na faixa de seis a oito anos, o percentual subiu de 41% para 82%.
  • Especialistas alertam sobre os riscos da adultização digital, onde crianças têm acesso a informações complexas sem a devida experiência.
  • A mediação consciente dos pais é essencial para garantir um uso seguro e educativo da tecnologia.

Crianças brasileiras estão cada vez mais expostas à Inteligência Artificial (IA), com 40% dos pais relatando que seus filhos utilizam essas ferramentas para apoio emocional. Especialistas alertam sobre os riscos da adultização digital, onde crianças têm acesso a informações e responsabilidades de adultos de forma precoce.

Um estudo do Relatório 2025 Norton Cyber Safety Insights: Connected Kids revela que 44% dos bebês até 2 anos já acessam a internet, e o uso de IA entre crianças de 3 a 5 anos saltou de 26% para 71% na última década. Na faixa etária de 6 a 8 anos, o percentual dobrou de 41% para 82%. A doutora Emilly Fidelix, especialista em IA, destaca que essa exposição pode criar a ilusão de que as crianças estão prontas para lidar com questões complexas, quando na verdade ainda carecem de experiência.

Riscos e Oportunidades

O uso passivo da tecnologia pode prejudicar habilidades essenciais como criatividade e curiosidade. Fidelix compara o acesso precoce à IA a entregar uma moto a uma criança que ainda não sabe andar de bicicleta. A especialista enfatiza que, se o uso da IA se tornar rotina sem orientação, as crianças podem perder o valor do erro e do improviso.

Apesar dos riscos, a tecnologia pode ser uma aliada se utilizada de forma intencional. Ferramentas como Machine Learning for Kids e Code.org permitem que crianças criem e compreendam a lógica por trás da tecnologia, transformando a IA em uma parceira criativa. Quando a IA é usada ativamente, as crianças aprendem a testar e corrigir, ao invés de apenas receber respostas prontas.

Mediação Consciente

Os pais têm um papel fundamental na supervisão do uso da IA em casa. Embora muitas ferramentas sejam indicadas para maiores de 13 anos, crianças menores já interagem com diversas aplicações. A abordagem recomendada é explorar a tecnologia em conjunto, criando histórias e ensinando segurança digital de forma lúdica. Isso transforma a supervisão em uma oportunidade de aprendizado.

Fidelix ressalta que alfabetizar no século XXI vai além de ler e escrever. É crucial ensinar a colaboração crítica com sistemas inteligentes. Com mais de 60% das crianças entre 8 e 12 anos interagindo diariamente com IA, o foco deve ser em usar a tecnologia para amplificar a criatividade, preparando-as para um futuro onde a colaboração humano-IA será essencial.

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais