- Em 14 de janeiro de 2025, a colaboração Ligo-Virgo-Kagra (LVK) detectou um novo evento de fusão de buracos negros.
- O sinal foi captado nas instalações de Hanford e Livingston e correspondeu à colisão de dois buracos negros com massas superiores a trinta vezes a do Sol.
- O resultado foi um único buraco negro com entre sessenta e cinco e sessenta e sete massas solares.
- As melhorias tecnológicas permitiram medições três vezes mais precisas em comparação com a primeira detecção, ocorrida em 2015.
- Os dados foram publicados no *Physical Review Letters* e confirmaram teorias da relatividade geral de Einstein, incluindo a geometria de Kerr e o teorema da área de Hawking.
Em 14 de janeiro de 2025, a colaboração LVK (Ligo-Virgo-Kagra) detectou um novo evento de fusão de buracos negros, marcando um avanço significativo na pesquisa sobre ondas gravitacionais. O sinal, captado em Hanford e Livingston, correspondeu à colisão de dois buracos negros com massas superiores a 30 vezes a do Sol, resultando em um único objeto com entre 65 e 67 massas solares.
Essa detecção é comparável à primeira, ocorrida em 2015, mas com melhorias tecnológicas que permitiram medições três vezes mais precisas. Os dados foram analisados e publicados no *Physical Review Letters*, confirmando teorias fundamentais da relatividade geral de Einstein. Os pesquisadores observaram que os buracos negros podem ser definidos por duas propriedades: massa e rotação, corroborando a ideia de que “buracos negros não têm cabelo”, proposta por John Wheeler e Jacob Bekenstein.
Avanços Tecnológicos
As melhorias na tecnologia de detecção possibilitaram um estudo mais rigoroso dos buracos negros. As vibrações geradas após a fusão confirmaram a geometria de Kerr, que descreve o comportamento de buracos negros em rotação, e o teorema da área de Hawking, que afirma que a área do horizonte de eventos só pode aumentar durante fusões.
A primeira década de estudos sobre ondas gravitacionais já demonstrou seu potencial para revolucionar a astrofísica, permitindo a observação de fenômenos extremos além das previsões matemáticas. À medida que a precisão das medições avança, novas fronteiras na compreensão do cosmos serão desafiadas, prometendo um futuro empolgante para a pesquisa astronômica.