- A International Energy Agency (IEA) reduziu pela primeira vez a previsão de produção de hidrogênio limpo para 2030, de 49 milhões para 37 milhões de toneladas anuais.
- A produção atual de hidrogênio com baixas emissões é de apenas um milhão de toneladas por ano, representando menos de 1% da produção total.
- A diminuição nas expectativas é atribuída a cancelamentos e atrasos em projetos, especialmente nos Estados Unidos e na Europa.
- A China lidera a produção de hidrogênio, com 65% da capacidade instalada de eletrólise e quase 60% dos eletrólitos globais.
- O Sudeste Asiático consome cerca de 4 milhões de toneladas de hidrogênio anualmente e está desenvolvendo 25 projetos para transição a fontes de energia mais limpas.
A produção de hidrogênio limpo enfrenta um momento desafiador, com a International Energy Agency (IEA) reduzindo pela primeira vez suas previsões para 2030, de 49 milhões para 37 milhões de toneladas anuais. O hidrogênio é visto como uma solução crucial para a transição energética, podendo descarbonizar setores como agricultura, química e transporte.
A IEA aponta que a diminuição nas expectativas se deve a cancelamentos e atrasos em projetos significativos, especialmente nos Estados Unidos e na Europa. A produção atual de hidrogênio com baixas emissões é de apenas um milhão de toneladas por ano, representando menos de 1% da produção total. O relatório destaca que a maioria do hidrogênio ainda é gerada a partir de combustíveis fósseis.
Liderança da China
A China se destaca como líder na produção de hidrogênio, respondendo por 65% da capacidade instalada de eletrólise no mundo. O país também fabrica quase 60% dos eletrólitos globais, o que pode permitir a oferta de hidrogênio verde a preços competitivos até o final da década. Atualmente, o custo de produção de eletrólitos fora da China é três vezes maior, dificultando a concorrência.
Além disso, a região da Ásia-Pacífico pode emergir como um mercado significativo para o hidrogênio de baixo carbono. Com uma demanda crescente de energia, o Sudeste Asiático já consome cerca de 4 milhões de toneladas de hidrogênio anualmente, principalmente na indústria de refino de petróleo e na produção de amônia e metanol.
Desafios e Oportunidades
O cenário atual revela um recuo nas expectativas para o hidrogênio, mas também apresenta oportunidades. A China, com seu avanço na tecnologia de eletrólise, pode reduzir a diferença de custo entre o hidrogênio limpo e o produzido a partir de combustíveis fósseis. Enquanto isso, o Sudeste Asiático está explorando a transição para fontes de energia mais limpas, com 25 projetos em desenvolvimento na região.
O futuro do hidrogênio limpo dependerá da capacidade de superar os desafios atuais e de aproveitar as oportunidades emergentes, especialmente em mercados em crescimento. A próxima década será crucial para determinar se o hidrogênio pode realmente cumprir seu potencial como um combustível sustentável.