- O ser humano tem uma longa história de locomoção descalço, com adaptações evolutivas que favorecem essa prática.
- Culturas ancestrais, como os hadza e rarámuri, correm descalças, o que contribui para sua agilidade e resistência.
- A tendência de correr descalço ou com calçados minimalistas está em alta, com evidências científicas que apoiam seus benefícios, desde que haja adaptação gradual.
- A biomecânica moderna sugere que correr descalço pode melhorar a eficiência da corrida, mas a transição deve ser feita de forma cuidadosa para evitar lesões.
- A prática fortalece a musculatura do pé e melhora o equilíbrio, especialmente em superfícies irregulares, como areia e grama.
O ser humano possui uma longa história de locomoção descalço, com adaptações evolutivas que favorecem essa prática. Recentemente, a tendência de correr descalço ou com calçados minimalistas tem se popularizado, respaldada por evidências científicas que apontam benefícios, desde que haja uma adaptação gradual.
Correr descalço é uma prática que remonta a culturas ancestrais, como os hadza, da Tanzânia, e os rarámuri, do México. Essas tribos, que vivem em ambientes variados, correm descalças, o que lhes confere agilidade e resistência. O atleta etíope Abebe Bikila, que ganhou a maratona olímpica de 1960 descalço, é um exemplo icônico dessa tradição.
A biomecânica moderna sugere que correr sem calçados pode melhorar a eficiência da corrida, reduzindo o peso e alterando a técnica. Contudo, os benefícios só são observados após um período de adaptação. A transição deve ser gradual para evitar lesões, como a fascite plantar, que pode ocorrer com mudanças abruptas no tipo de calçado.
Estudos indicam que a técnica de corrida e a carga imposta pelo calçado são fatores mais relevantes na prevenção de lesões do que o uso de calçados tradicionais versus descalços. A prática de caminhar ou correr descalço pode fortalecer a musculatura do pé e melhorar o equilíbrio. Atividades em superfícies irregulares, como areia ou grama, são recomendadas para ativar a musculatura e prevenir lesões.
A crescente aceitação do exercício descalço ou com calçados minimalistas reflete uma busca por um contato mais próximo com a natureza. Em países como a Austrália, é comum ver pessoas praticando atividades descalças em ambientes diversos. A chave para essa prática segura é a adaptação progressiva, que permite integrar os benefícios do passado com as inovações tecnológicas atuais no calçado esportivo.