- O WhatsApp é alvo de golpistas, apesar de ter criptografia de ponta a ponta e autenticação em dois fatores.
- Especialistas apontam vulnerabilidades, como falhas em backups e a falta de verificação em duas etapas, que são exploradas por criminosos.
- Eduardo Freire, CEO da FWK Innovation Design, destaca que configurações inadequadas e a negligência dos usuários facilitam os ataques.
- O backup de mensagens na nuvem e a não ativação da verificação em duas etapas são pontos críticos que permitem o acesso não autorizado.
- Sinais de alerta incluem mensagens ou chamadas automáticas com códigos, notificações de registro em outro aparelho e chamadas repetidas de números desconhecidos.
O WhatsApp, apesar de suas robustas medidas de segurança, como criptografia de ponta a ponta e autenticação em dois fatores, se tornou um alvo preferido para golpistas. Especialistas alertam que vulnerabilidades, como falhas em backups e a falta de verificação em duas etapas, são frequentemente exploradas por criminosos digitais.
Eduardo Freire, CEO da FWK Innovation Design, destaca que muitos ataques se aproveitam de configurações inadequadas do próprio aplicativo e da negligência dos usuários. Um dos principais pontos fracos é o backup de mensagens na nuvem. Se vinculado a e-mails mal protegidos, golpistas podem acessar conversas e informações sensíveis. Freire explica que, ao invadir o e-mail, o criminoso pode facilmente se passar pela vítima.
Outro aspecto crítico é a verificação em duas etapas, que muitos usuários não ativam. Freire observa que essa camada de segurança deveria ser padrão, pois sem ela, basta o criminoso ter acesso ao número da vítima para assumir a conta. Além disso, táticas como phishing e SIM swap são comuns. O phishing envolve o envio de links falsos, enquanto o SIM swap consiste na clonagem do chip da vítima.
Sinais de Alerta
Identificar se uma conta está sendo alvo de golpistas requer atenção a alguns sinais. Mensagens ou chamadas automáticas com códigos do WhatsApp, sem solicitação prévia, são indícios de alerta. Notificações sobre registro em outro aparelho ou pedidos para transferir a conta também devem ser vistas com desconfiança. Freire ressalta que chamadas repetidas de números desconhecidos podem ser tentativas de ativar o código de verificação por voz.
Para se proteger, é essencial ativar a verificação em duas etapas e proteger os backups com senhas fortes. Revisar dispositivos conectados e manter o aplicativo atualizado são práticas recomendadas. Além disso, a exposição excessiva de informações pessoais nas redes sociais pode facilitar ataques de engenharia social.
Medidas de Proteção
Em caso de invasão, Freire recomenda que o usuário entre em contato com a operadora para bloquear o chip e reinstale o WhatsApp. É crucial avisar amigos e familiares para ignorar pedidos de dinheiro vindos do número comprometido. A segurança no uso do WhatsApp depende não apenas de configurações técnicas, mas também do comportamento dos usuários na internet.
